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Foi estimada pelo Banco Mundial uma queda de 45,1% do PIB da Ucrânia em 2022, devido ao conflito com a Rússia. O relatório para a Europa e a Ásia Central, divulgado neste domingo (10) pelo Banco Mundial, informou, contudo, que a expectativa pode mudar a depender do tempo e da intensidade da guerra.
O Banco Mundial também prevê uma retração do PIB russo em 11,2%, resultado das inúmeras sanções impostas por países ocidentais contra o país, depois de uma aceleração de 4,7% em 2021.
“A magnitude da crise humanitária desencadeada pela guerra é impressionante. A invasão russa está causando um enorme golpe na economia da Ucrânia e infligiu enormes danos à infraestrutura. A Ucrânia precisa de apoio financeiro maciço imediatamente, pois luta para manter sua economia e o governo funcionando, para apoiar os cidadãos ucranianos que estão sofrendo e lidando com uma situação extrema”, relatou Anna Bjerde, vice-presidente do Banco Mundial para a região da Europa e Ásia Central.
Ainda de acordo com a instituição internacional, a economia da Ucrânia tem a expectativa de redução de 4,1% este ano, à medida que os choques econômicos da guerra acrescem os impactos seguidos da pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021.
Outros países, além de Rússia e Ucrânia, também devem entrar em recessão com reflexos do conflito, como: Belarus, Moldávia, Quirguistão e Tajiquistão.
Rússia e a Ucrânia são detentoras de cerca de 40% das importações de trigo na região e aproximadamente de 75% na Ásia Central e no Sul do Cáucaso. A Rússia também tem uma relevância muito grande de destino de exportação para outros países, com as remessas russas correspondendo a 30% do PIB em algumas economias.
E no Brasil?
Apesar do conflito na Ucrânia também estar afetando o Brasil, a lenta recuperação das perdas verificadas na pandemia ainda é o que vem trazendo mais dificuldades para a nossa economia.
“O Brasil é um dos países que tem tido mais dificuldades para se recuperar da pandemia, talvez por ter sido atingido mais fortemente. […] Talvez fatores como (a importação dos) fertilizantes e as complicações na cadeia de valor global, sejam prejudiciais (para a economia brasileira) nesse sentido” disse Bill Maloney, economista-chefe do Banco Mundial.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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