Atividade econômica brasileira começa 2022 com contração mais intensa do que a estimada

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Neste ano, a atividade econômica do Brasil apresentou uma contração mais impactante do que era projetado em janeiro, anulando três meses consecutivos de elevações, segundo os dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (17). No primeiro mês deste ano, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou contração de 0,99% frente ao último mês do ano passado, de acordo com o dado dessazonalizado. O indicador é um sinalizador que aponta a prévia dos rumos do Produto Interno Bruto (PIB).

O número é o primeiro com taxa negativa desde setembro do último ano e corresponde à queda mais acentuada desde março de 2021, quando o IBC-Br teve retração de 1,67% na base mensal.

Frente a janeiro do ano passado, o índice demonstrou oscilação positiva de 0,01%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma aceleração de 4,73%, de acordo com números apurados.

Em 2021, a economia do Brasil demonstrou recuperação ao longo do ano do baque causado pela pandemia de Covid-19 com o maior avanço anual em 11 anos, de 4,6%. E encerrou o quarto trimestre com crescimento de 0,5% sobre os três meses anteriores.

Já o início deste ano foi difícil para a economia brasileira, como a variante Ômicron do coronavírus. Além disso, os juros elevados relacionados à inflação persistente no início do ano tendem a restringir o consumo.

O Banco Central divulgou ontem um aumento de 1,0 ponto percentual da taxa básica de juros Selic, a 11,75% ao ano, e sinalizou que deve realizar um ajuste do mesmo tamanho na próxima reunião (em maio) apesar das incertezas sobre o atual cenário.

As dúvidas para 2022 ganharam novos rumos com o conflito no leste europeu, que já tem causado aumento nos preços de commodities, além do petróleo e seus derivados. A Petrobras divulgou no início de março o aumento dos valores do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os preços da gasolina tendem subir quase 19%, na esteira dos acréscimos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função do conflito na Ucrânia.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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