Vendas no varejo recuam 1,3%

Foto: Craig Adderley/Pexels

O comércio varejista recuou 1,3% no mês de setembro, após retração de 4,3% em agosto. A média móvel trimestral encolheu 0,9%. Os dados foram revelados pela Pesquisa Mensal do Comércio, feia pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a série sem ajuste sazonal, após o comercio varejista diminuir 4,1% em agosto, o mesmo teve queda de 5,5%, com o varejo acumulando 3,8% no ano e 3,9% em 12 meses.

Após regredir 3,0% no último mês as vendas recuaram 1,1% no meio de varejo ampliado, que engloba veículos, motos, partes e peças, e de material de construção. A média móvel do fim do trimestre em setembro foi -0,9%. Frente a setembro de 2020, o varejo ampliado regrediu 4,2%. Ao longo do ano o varejo ampliado acumula aumento de 8,0% e, em 12 meses, de 7,0%.

Houve uma queda no número de vendas de agosto para setembro de 2021, recuando 1,3%, tornando-se o segundo recuo seguido após atingir, em julho, seu segundo registro mais elevado desde o início da pandemia de Covid-19 (março de 2020). A média móvel trimestral do varejo, depois da retração de 0,8% no trimestre finalizado em agosto, voltou a cair (-0,9%), em setembro, tendo quedas em seis das oito atividades pesquisadas pela Pesquisa Mensal do Comércio.

A queda nas vendas segue refletindo a diminuição no poder de compra do consumidor, com efeitos ainda causados pelos impactos do isolamento social da pandemia, além da inflação desenfreada. Para Samuel….

Em comparação ao mesmo mês de 2020 o comercio encolheu (-5,5%) pelo segundo mês seguido, após cinco meses consecutivos de taxas positivas.

De agosto para setembro, entre os setores investigados pela Pesquisa Mensal do Comercio (varejista e ampliado) na série com ajuste sazonal, a maior parte registrou números negativos, atingindo seis das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), Móveis e eletrodomésticos (-3,5%), Combustíveis e lubrificantes (-2,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%). Em contraponto, duas atividades mostraram equilíbrio, Livros, jornais, revistas e papelaria (0,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%).

No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos, motos, partes e peças caiu 1,7% entre agosto e setembro, enquanto Material de construção encolheu 1,1%.

Frente ao mesmo mês do último ano, na série sem ajuste sazonal, houve registros de sete taxas negativas das oito atividades pesquisadas: Móveis e eletrodomésticos (-22,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,9%), Combustíveis e lubrificantes (-4,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%). O único setor que verificou alta no período foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%).

comércio varejista ampliado recuou 4,2% em relação a 2020. A atividade de Veículos e motospartes e peças subiu 2,9% e a de Material de construção diminuiu 10,3%.

Os números das vendas do segmento de Móveis e eletrodomésticos recuou 22,6% ante setembro de 2020, tornando-se a quarta taxa negativa após quatro meses positivos. A atividade influenciou na taxa interanual, somando -2,7 p.p. ao total de -5,5% do comércio varejista. O setor acumula no ano, de janeiro a setembro, -0,9% em comparação ao mesmo período em 2020, sendo a primeira taxa negativa no segundo semestre de 2021. Mesmo com as taxas positivas acumuladas pelo indicador nos últimos 12 meses (3,1%), os números ficaram abaixo do acumulado até agosto (7,7%).

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou retração de 3,7% frente a setembro de 2020, tornando-se a oitava queda seguida nessa comparação. O segmento foi o segundo lugar entre os que mais influenciaram as baixas, somando -1,7 p.p. ao indicador interanual do varejo. Os números mostrados ao ano não variaram muito (-2,7%, -2,7%, -2,6%, -2,9% e -3,0% em maio, junho, julho, agosto e setembro, respectivamente). O indicador registra queda de 1,4% em setembro, revelando uma intensificação de ritmo de recuo em relação a agosto (-0,8%).

O segmento de artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., também reduziu em vendas na comparação com setembro de 2020, resultando na segunda taxa negativa depois de 14 meses de altas. Os números do acumulado no ano, até setembro (22,1%), em comparação ao mês anterior (26,9%), mostraram redução no volume.

Após cinco meses com números positivos o setor de Combustíveis e lubrificantes, teve diminuição de 4,0% no ritmo de vendas em relação a setembro de 2020. Com isso, no acumulado do ano, ao passar de 3,9% até agosto para 2,9% até setembro, a atividade mostra perda no volume de vendas.

A área de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação regrediu 14,8% no indicador interanual, em comparação a setembro de 2020. O acumulado no ano (2,3%) até setembro foi positivo em 0,3%menor do que o de julho (4,1%). No ano, os números foram positivos em 0,3% até setembro, abaixo do registrado até agosto (2,3%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (-3,3%) mostrou aumento no volume de queda nas vendas em relação a agosto (-2,7%).

Em comparação a setembro de 2020, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou recuo de 3,4%. Ao passar de -20,7% até agosto para -19,4% até setembro, demonstra um ritmo menor das perdas no volume, assim como o acumulado nos últimos doze meses, que passa de -25,2% até agosto para -23,1% até setembro.

De agosto para setembro de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista recuou com predomínio de resultados negativos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-3,9%), Santa Catarina (-3,6%) e Rio Grande do Norte (-3,4%). Somente 2 das 27 Unidades da Federação apresentaram resultados no campo positivo: Acre (0,4%) e Mato Grosso (0,2%).

Fazendo a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a taxa negativa entre agosto e setembro (-1,1%), foi seguida por 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-4,7%), Tocantins (-4,0%) e Maranhão (-3,6%). Houve crescimento em 4 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Pernambuco (2,9%), Ceará (1,3%) e Goiás (1,0%), de agosto para setembro.

As vendas do comércio varejista nacional encolheram em 26 das 27 Unidades da Federação em comparação com setembro de 2020, com destaque para: Maranhão (-12,3%), Sergipe (-11,9%) e Rondônia (-11,8%). Na outra ponta, com um resultado positivo, está apenas uma das Unidades da Federação: Espírito Santo (4,4%).

No comércio varejista ampliado, frente a setembro de 2020, a distribuição regional também mostrou abundancia em resultados negativos, em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (-11,5%), Amazonas (-10,9%) e Amapá (-9,4%). Com números positivos, figuram 7 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Pernambuco (13,9%), Goiás (6,2%) e Mato Grosso do Sul (4,2%).

Contato: [email protected]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.