Confiança do consumidor avança 0,5 ponto em julho contra junho, para 79,5 pontos

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A confiança do consumidor cresceu 0,5 ponto em julho contra junho, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta segunda-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 79,5 pontos. A leve aceleração ocorre após aumento maior em junho e manteve o ICC no maior patamar desde agosto de 2021. Em médias móveis trimestrais, o índice cresceu 0,3 ponto, para 78,0 pontos.

De acordo com a FGV, a leve elevação de julho foi influenciada pelas expectativas em relação ao futuro próximo. Além disso, ocorreu discrepância no comportamento do ICC entre as diferentes faixas de renda apuradas pela entidade.

A confiança avançou entre os mais pobres, mas apresentou uma leve retração entre os consumidores com mais dinheiro. O ICC saltou 1,8 ponto para os consumidores na menor faixa de renda. Entre os consumidores da maior faixa de renda, o ICC retraiu 0,4 ponto.

“Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo governo perde força e não consegue reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo”, informa a nota explicativa divulgada pela FGV.

Entre os dois componentes mais importantes do ICC, o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,7 ponto, para 86,6 pontos, no maior patamar desde agosto do ano passado, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) se manteve equilibrado, com retração de 0,1 ponto, para 70,3 pontos, nível fraco em termos históricos e inferior ao período pré-pandemia.

Dentro do ISA, o indicador que analisa a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica cresceu 1,2 ponto para 77,9, no melhor resultado desde março do ano retrasado (82,1 pontos), mas a percepção sobre a situação financeira famílias contraiu 1,4 ponto, para 63,3 pontos. “Ambos continuam em nível baixo em termos históricos”, relata a nota da FGV.

Já dentro do IE, o indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses acelerou 3,5 pontos, para 89,3 pontos. O indicador que mede situação econômica nos próximos seis meses avançou 1,5 ponto para 104,7 pontos, maior patamar desde agosto de 2021 (111,8 pontos).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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