Pnad: Queda na procura faz indicador de desemprego ficar estável em quase todo o País no 1º tri

Foto: Freepik

O desemprego apresentou estabilidade em 26 das 27 unidades federação no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o ano passado, com a estabilidade da taxa nacional, que foi de 11,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), externada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A única queda foi observada no Amapá (14,2%), que oscilou -3,3 p.p frente ao quarto trimestre de 2021.

Os números apresentados em abril já indicavam que a taxa de desemprego apresenta estabilidade, com a procura por vagas de trabalho congestionada nos primeiros três meses do ano. Nos primeiros três meses do ano, a taxa de desocupação foi de 11,1%, mesmo patamar do quarto trimestre de 2021.

O instituto explica que o fato de não ocorrer expansão na busca por trabalho no período analisado explica a estabilidade da desocupação. O cenário é diferente do demonstrado nos outros trimestres encerrados em março, quando, pelo efeito da sazonalidade, era registrado um crescimento na procura por trabalho.

A pesquisa indica que as grandes regiões metropolitanas do Brasil registraram taxas de desocupação estáveis, levando em consideração a comparação com o último trimestre do último ano, sendo que o Nordeste (14,9%) seguiu com o maior índice ao longo de todos os trimestres apurados. Já a região Sul teve a mais baixa (6,5%).

Na análise estadual, as taxas mais elevadas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%); no sentido oposto, as menores taxas de desemprego foram aferidas em Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

Somente no Amapá ocorreu queda na desocupação, de 3,3 p.p., recuando de 17,5% no quarto trimestre do ano passado para 14,2% no primeiro trimestre deste ano.

Os números nacionais também já indicavam uma informação relevante: apesar de a renda registrar R$ 2.548, um crescimento de 1,5% em frente a dezembro (R$ 2.510), a retração é considerável quando se comparar com o mesmo período do último ano. Sobre o primeiro trimestre do ano passado, a renda dos trabalhadores caiu 8,7%. A massa de rendimento foi projetada em R$ 237,7 bilhões.

No Brasil, o número de trabalhadores por conta própria na frente ao último trimestre cedeu 2,5%. Isso corresponde a 660 mil pessoas dessa categoria que deixaram o mercado. Segundo o IBGE, nesse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ.

Segundo a pesquisa, subiu o número de empregados no setor privado com carteira assinada, que atingiu 34,9 milhões de pessoas. Frente ao trimestre encerramento em dezembro, ocorreu um avanço de 1,1%, ou de 380 mil pessoas. A categoria subiu pelo quarto trimestre seguido, entretanto um percentual menor ao visto nos trimestres de 2021.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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