IPCA de outubro tem inflação de 0,59%, após três meses consecutivos de deflação

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial no país, encerrou outubro em 0,59%, após três meses seguidos de deflação (inflação negativa), de acordo com os dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A volta da inflação no campo positivo já era esperada pelo mercado.

A elevação foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentos (a batata cresceu 23% e o tomate, 17%). Fora desse grupo, o que mais pesou para o índice foram as passagens aéreas (27,38%) e planos de telefonia fixa (6,74%). Além disso, em novembro houve um encolhimento mais baixo no preço dos combustíveis (1,27%) frente ao mês passado (8,5%).

O resultado já era estimado, uma vez que o IPCA-15, externado no último dia 25, já sinalizava essa tendência.

No ano, o IPCA acumula avanço de 4,7% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%. A meta do Banco Central para a inflação em 2022 é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, oscilando entre 2% e 5%.

Além da batata e do tomate, cebola e frutas também apresentaram valores mais altos. De acordo com o instituto, o influente grupo de alimentação e bebidas registrou aceleração de 0,72%. Entre os itens de destaque no grupo, as variações foram: batata-inglesa: 23,36%; tomate: 17,63%; cebola: 9,31%; e frutas: 3,56%. Entretanto, ainda dentro da categoria, o leite longa vida (-6,32%) e o óleo de soja (-2,85%) ficaram diminuíram o preço, após apresentarem elevações seguidas.

Preço da passagem aérea e do etanol cresceram. Outro agente influenciador que pesou na inflação desse mês foi o grupo de Transportes, com avanço de 0,58%, apontou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Três dos combustíveis apurados pelo instituto apresentaram retração, mas um ficou mais “salgado”, são eles: óleo diesel -2,19%, gasolina -1,56%, gás veicular -1,21% e etanol: 1,34%.

Oito das nove áreas analisadas pelo IBGE tiveram aceleração. Somente comunicação demonstrou deflação.

Confira a oscilação mensal por grupo: vestuário +1,22%, saúde e cuidados pessoais +1,16%, alimentação e bebidas +0,72%, transportes +0,58%, despesas pessoais +0,57%, habitação +0,34%, artigos de residência +0,39%, educação +0,18% e comunicação: -0,48%

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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