IPCA cresce 0,67% em junho, influenciado pela elevação dos alimentos

Foto: Freepik

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 0,67% em junho frente ao mês anterior. Em maio, o avanço mensal do IPCA tinha sido de 0,47%. A elevação foi puxada principalmente pela aceleração de 0,80% no grupo de alimentação e bebidas, que tem grande peso no índice geral (21,26%), segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador apresentou-se ligeiramente inferior as projeções do mercado, pois o consenso Refinitiv estimava um aumento mensal de 0,7% e anual de 11,9%.

Em relação ao ano, a inflação acumulada registra 5,49% e, nos últimos 12 meses, 11,89%.

“O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%). Nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Em alimentação e bebidas, outros itens que apresentaram aumento de preço foram o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%). Dito isso, os alimentos para consumo no domicílio avançaram 0,63%. Porém também ocorreu retração em itens importantes desse grupo, como a cenoura, cujos preços já tinham recuado em maio (-24,07%) e seguiram encolhendo em junho (-23,36%). Entre os outros itens essenciais na mesa do brasileiro que registraram contração estão a cebola (-7,06%), a batata-inglesa (-3,47%) e o tomate (-2,70%).

Em transportes, grupo de maior impacto no índice geral, a elevação foi de 0,57%, um arrefecimento em comparação ao mês passado (1,34%). Em junho, o resultado foi influenciado pelo encolhimento de 1,20% nos combustíveis. Os valores da gasolina, item de maior influência individual no IPCA, retraíram 0,72%, enquanto os do etanol caíram 6,41% e os do óleo diesel avançaram 3,82%. Mas a maior oscilação (11,32%) e o maior impacto positivo (0,06 p.p) do grupo vieram das passagens aéreas, que registraram aumento de 122,40% no ano.

Já em vestuário, que teve a maior oscilação entre os grupos apurados pelo IPCA (1,67%), os que mais se destacaram foram as roupas masculinas (2,19%) e femininas (2,00%). Os valores das roupas infantis (1,49%) e dos calçados e acessórios (1,21%) também aumentaram em junho.

INPC

A elevação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,62% no mês de junho, superior ao observado no mês passado (0,45%). O índice registra aumento de 5,61% no ano e de 11,92% nos últimos 12 meses. Os produtos alimentícios ultrapassaram os 0,63% em maio para 0,78% em junho. Os não alimentícios foram de 0,39% para 0,57%.

O INPC mensura a inflação para famílias de baixa renda e é utilizado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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