Inflação medida pelo IGP-DI cresce 2,37% em março puxada pelo aumento da gasolina

Foto: @rafastockbr/Freepik

O Índice Geral de Preços – (IGP-DI) apresentou elevação de 2,37% no mês de março, após uma alta de 1,50% no segundo mês do ano, informou nesta quarta-feira (6), a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O número apresentado pelo indicador ficou dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que tinha a expectativa de uma alta entre 1,77% e 2,42%, porém superior a mediana de uma variação positiva de 2,10%, segundo as instituições apuradas pelo Projeções Broadcast.

O IGP-DI acumulou um aumento de 6,00% no ano. Em 12 meses, ocorreu crescimento de 15,57%.      

Também foi informado pela FGV os resultados dos três indicadores que englobam o IGP-DI. O IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna), que corresponde ao atacado, teve avanço de 2,80% em março, contra uma aceleração de 1,94% em fevereiro. O IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna), que analisa os preços no varejo, cresceu 1,35% em março, após progressão de 0,28% em fevereiro. Em relação ao INCC-DI (Índice Nacional de Custo de Construção – Disponibilidade Interna), que observa o impacto de preços na construção, teve alta de 0,86% em março, depois do avanço de 0,38% em fevereiro.

O aumento de 5,08% no valor da gasolina executou a maior pressão sobre a inflação ao consumidor dentro do IGP-DI do mês passado, divulgou a FGV. Sete das oito classes de despesa do IPC-DI apresentaram taxas de oscilação mais acentuadas: Transportes (de 0,07% em fevereiro para 2,51% em março), Habitação (de 0,33% para 1,23%), Alimentação (de 1,20% para 1,99%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,51% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,12% para 0,29%), Vestuário (de 0,33% para 1,04%) e Despesas Diversas (de 0,08% para 0,39%).

Os principais vieram dos itens: gasolina (de -1,35% para 5,08%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,73% para 1,60%), hortaliças e legumes (de 8,44% para 14,79%), passagem aérea (de -4,09% para 3,26%), perfume (de -3,00% para 2,60%), roupas (de 0,34% para 1,17%) e serviços bancários (de 0,06% para 0,41%).

No sentido contrário, o grupo Comunicação foi o único que registrou deflação, de 0,08% em fevereiro para -0,11% em março, puxada pelo item tarifa de telefone residencial (de -0,41% para -0,83%).

Na passagem de fevereiro para março o núcleo do IPC-DI avançou de alta de 0,56% para 0,80%. Dos 85 itens componentes do IPC, 24 foram retirados do cálculo do núcleo. Sobre o índice de difusão, que mede a proporção de itens com aceleração de preços, pulou de 73,87% em fevereiro para 79,03% em março.

Os valores dos produtos agropecuários no atacado observados pelo IPA Agrícola cresceram 2,28% em março, após uma elevação de 4,33% em fevereiro. Já os produtos industriais medidos pelo IPA Industrial aceleraram 3,02% em março, contra avanço de 0,98% em fevereiro.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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