Setor de serviços do Brasil apresenta queda e chega ao menor nível em 19 meses

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A atividade de serviços do Brasil finalizou o ano de 2022 com o contração e cortes de emprego em meio a distrações políticas e fechamentos por conta da Copa do Mundo de futebol, informou nesta quarta-feira (04) a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

A pesquisa da S&P Global sinalizou que o índice PMI de Serviços recuou a 51,0 em dezembro, de 51,6 em novembro, entretanto ainda superior a marca de 50 que separa expansão de queda, com algumas empresas apontando parcerias bem sucedidas, conquista de novos clientes e resiliência da demanda.

“O desempenho do setor de serviços do Brasil decepcionou no final de 2022, especialmente considerando que começou o ano com força”, relatou a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima, destacando que o setor dá sinais mistos para 2023.

A confiança sobre os 12 meses seguintes apresentou melhora em dezembro após registrar o menor patamar em 13 meses em novembro, ficando acima média da série. As empresas estimam que uma maior clareza sobre às políticas públicas, inflação contida, oportunidades de investimento e resiliência da demanda fara a níveis de produção mais elevados em 2023.

As empresas também sinalizaram uma nova aceleração nos gastos operacionais por conta da força do dólar, pressões salariais, custos de empréstimos elevados e preços maiores de alguns materiais, e esses crescimentos seguiram a ser transferidos para os clientes.

Enquanto a atividade de serviços seguiu a rota de alta, a indústria brasileira encerrou 2022 com queda, levando o PMI Composto do país a registrar a segunda retração seguida do setor privado, encolhendo de 49,8 em novembro a 49,1 em dezembro.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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