Em setembro, dois terços dos reajustes salariais no Brasil não cobrem a inflação

Foto: Ono Kosuki/Pexels

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou nesta sexta-feira (22) o boletim Salariômetro. Segundo a publicação, dois terços dos reajustes salariais acordados em convenções coletivas ficaram abaixo da inflação em setembro.

Alguns setores conseguiram estar acima da inflação, o de gráficas e editoras, o de artefatos de borracha e as organizações não governamentais. Os três registraram um aumento real de 0,1%.

Somente 9,5% das negociações trabalhistas converteu-se em ganhos reais e 23,5%, em ganhos iguais ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O piso salarial mediano foi de R$ 1.255 em setembro, enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.

Os altos índices de desemprego e a inflação do país que não para de subir são fatores que pesam contra o trabalhador na hora das negociações salariais.  “Em um cenário em que mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas, os trabalhadores passam a ter menos poder de negociação”, explica Samuel Durso, economista-chefe do Denarius. Ainda na visão do especialista, os reajustes salariais que ficam abaixo da inflação geram uma redução do poder de compra da população e, consequentemente, impactam o consumo das famílias. “Um menor nível de consumo desestimula o mercado, retardando o crescimento econômico”, destaca Durso.

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