Confiança da Construção recua 5,3 pontos em novembro, já custo da construção sobe 0,14%

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O Índice de Confiança da Construção (ICST) encolheu 5,3 pontos em novembro, a 95,6 pontos, externou nesta sexta-feira (25), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice retraiu 0,9 ponto. O resultado do mês de novembro foi a retração mais forte desde abril do ano retrasado e também corresponde ao patamar mais baixo desde março deste ano, quando o índice atingiu 92,9 pontos.

“Depois de sete meses, sinalizando um otimismo moderado, a percepção em relação aos negócios e a demanda para os próximos três meses sofreu um revés expressivo, que atingiu os três segmentos setoriais”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, em nota.

Nas aberturas, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) encolheu 1,6 ponto, para 97,0 pontos, o nível mais fraco desde agosto (96,4 pontos). O resultado foi influenciado pela deterioração do volume da carteira de contratos, que retraiu 1,7 ponto, para 98,8 pontos, e do indicador que mede a situação atual dos negócios, que caiu 1,4 ponto, a 95,2 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, regrediu 8,8 pontos, para 94,4 pontos, a marca menos expressiva desde março, quando havia registrado 93,9 pontos. Entre os componentes do grupo, o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 10,1 pontos, para 93,4 pontos, e o indicador de perspectivas sobre demanda encolheu 7,4 pontos, a 95,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção acelerou 2,1 pontos porcentuais, para 79,2%. Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra cresceu 2,2 pontos, para 80,4%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos teve elevação de 2,0 pontos porcentuais, para 73,9%.

Índice Nacional de Custo da Construção

Em relação ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), foi observada alta de 0,14% em novembro, contra aceleração de 0,04% em outubro. Com o resultado, a elevação acumulada em 12 meses pelo indicador arrefeceu de 10,06% para 9,44%.

O crescimento do INCC-M foi influenciado pelo componente Mão de Obra (0,31% para 0,53%), enquanto Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou deflação (-0,21% para -0,23%). Nas aberturas, o item Materiais e Equipamentos recuou 0,35%, após encolher 0,32% em outubro, com ênfase para o aprofundamento da deflação de materiais para estrutura (-0,78% para -0,98%), enquanto o segmento de Serviços subiu de 0,34% para 0,35%, com destaque para refeição pronta no local de trabalho (0,00% para 0,35%).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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