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Os proprietários de veículos terão mais uma preocupação para o próximo ano. Além da contínua alta dos combustíveis ao longo dos últimos meses, em 2022 o imposto sobre propriedades de veículos automotores (IPVA) tende a aumentar o valor, puxado pela valorização de carros novos e usados.
A alíquota do IPVA varia de estado para estado, porém o que realmente é levado em conta é o valor venal de veículos usados — calculado por meio da tabela Fipe — ou o da nota fiscal de compra, no caso dos veículos dos 0km. Indo na contramão dos anos anteriores, ambos acumulam resultados significantes.
Os preços mais altos são resultado do choque na cadeia produtiva de automóveis, influenciados pela pandemia. O economista-chefe do Denarius, Samuel Durso, explica a relação da elevação dos preços no mercado com a escassez de produtos fundamentais. “A retomada da economia de diversos países, aliado com a escassez de produtos fundamentais da cadeia produtiva do setor automobilístico, provocou uma pressão de demanda para os carros novos, elevando o preço deste produto no mercado”.
Por conta da paralização causada pela Covid- 19, houve aumento de custo de produção junto com uma queda da oferta. Com a elevação dos preços, base de cálculo do IPVA de 2022 também cresce, mesmo que a alíquota do imposto siga a mesma.
Em consequência da ausência dos produtos, “os carros usados também se valorizaram, uma vez que o prazo de espera para a aquisição de automóvel novo inviabilizou a compra para vários consumidores. Em muitos casos, era necessário esperar meses para a entrega do produto. Com isso, tivemos uma situação pouco usual, na qual tanto carros novos quanto carros usados ficaram mais caros em 2021”, detalha Durso.
Os proprietários de veículos necessitam consultar a alíquota de seu estado e aplicar ao valor na tabela Fipe, para calcular o valor. O percentual varia de 1% a 6%.
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