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No sentido contrário ao indicado no mês de março, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) acelerou 3,8 pontos em abril, para 78,6 pontos, divulgou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O número corresponde ao nível mais alto desde agosto de 2021 (81,8 pontos).
Em relação as médias móveis trimestrais, o índice oscilou 1,5 ponto, para 77,1 pontos.
“Os resultados positivos deste mês parecem estar relacionados ao fim do surto da variante ômicron e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares mediante a liberação de saques do FGTS, antecipação de 13º de aposentados e facilitação de acesso ao crédito”, disse Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
De acordo com a FGV, ocorreu uma queda do pessimismo com relação ao mercado de trabalho, porém a da inflação e os juros elevados ainda deixam as famílias receosas e mantém a precaução com relação à realização de compras de alto valor.
Entre os quesitos que englobam o ICC, o indicador que mede a perspectiva sobre a situação econômica geral nos meses seguintes foi o que mais puxou a elevação da confiança no mês ao oscilar 8,3 pontos, para 101,6 pontos. Pelo terceiro mês ocorreu avanço das expectativas para as finanças familiares, com crescimento de 1,2 ponto no indicador, para 90,9 pontos.
Mesmo com o número positivo das perspectivas sobre economia e finanças familiares, a intenção de compras de bens duráveis continua devagar e com projeção indefinida, destacou a Fundação.
Foi registrada aceleração da confiança em todas as faixas de renda a não ser para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. A elevação mais impactante aconteceu entre consumidores do nível mais baixo, o das famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais, cujo índice saltou de 7,2 pontos, para 76,2 pontos, maior valor desde março de 2020 (82,5 pontos).
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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