Confiança de Serviços cresce 3 pontos em março após 4 meses de retração

Foto: gpointstudio/Freepik

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) cresceu 3,0 pontos no terceiro mês do ano, para 92,2 pontos, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de regressões. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 1,1 ponto, chegando à quinta retração seguida.

“Depois de quatro quedas consecutivas, a confiança de serviços voltou a subir. O resultado positivo do mês foi influenciado tanto pela melhora das expectativas quanto pela percepção de aumento no volume de serviços prestados no momento. O avanço da confiança parece estar relacionado com a melhora da pandemia, em especial nos segmentos que dependem mais da circulação de pessoas. Ainda é preciso cautela sobre os próximos meses, o cenário macroeconômico negativo e a confiança baixa dos consumidores não permitem confirmar que essa alta seja a volta do caminho de recuperação observado no ano passado. Será preciso esperar por novos resultados favoráveis”, disse Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, em comentário no relatório.

O crescimento do ICS foi puxado tanto pela melhora na avaliação das empresas sobre a situação atual como pelas projeções para os meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA-S) acelerou 4,3 pontos, para 90,9 pontos, a primeira elevação no ano corrente após quatro meses consecutivos de perdas. O Índice de Expectativas (IE-S) aumentou 1,7 ponto, para 93,7 pontos, e também apresenta o primeiro crescimento no ano corrente depois de quatro regressões seguidas.

Além disso, mesmo com a elevação pontual do mês de março, a confiança do setor de serviços em médias trimestrais demonstrou retração do quarto trimestre de 2021 para o primeiro de 2022. Esse é o segundo trimestre de recuo. O que mais deixa em alerta é o espalhamento entre os principais segmentos do setor, com regressão em todos no acumulado desse início de 2022. As quedas nos componentes do ICS em março apareceram em 9 dos 13 segmentos apurados.

No final do último ano, os serviços prestados às famílias seguiam em retomada. “A queda no primeiro trimestre parece ter ligação com o aumento de casos de Covid nos primeiros meses do ano, que freou a recuperação de serviços prestados às famílias, e também com a desaceleração da economia que já vinha atingindo outros setores”, finaliza Tobler.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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