PMI industrial retrai 47,8 em janeiro, após 49,8 em dezembro

Foto: @user11472009/Freepik

No primeiro mês do ano de 2022, o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil retraiu a 47,8 pontos em janeiro, após 49,8 pontos em dezembro, de acordo com a IHS Markit. A redução foi seguida pela contração mais acelerada nos últimos 20 meses dos índices de novos pedidos e de produção, da mesma maneira que a primeira queda do índice de emprego em dez meses.

“O difícil ambiente econômico enfrentado pelos fabricantes brasileiros nos últimos meses piorou com a escalada da pandemia”, declara em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima. A nota aponta também que a inflação em alta e a diminuição do poder de compra das famílias são fatores limitantes da demanda no período.

Segundo a IHS, os subsetores foram impactados de forma mista pelos encolhimentos no PMI, com contrações entre fabricantes de bens de consumo e intermediários, mas com novo aumento nas empresas de bens de produção.

As companhias integrantes evidenciaram falta de matérias-primas, problemas de remessa e aumento no nível da falta de funcionários em por conta da Covid-19 no período. A compra de insumos foi reduzida pelas empresas, devido aos preços muito altos para diversos itens, à redução nas vendas e menos demanda de produção.

“Um dado encorajador, contudo, é que as pressões inflacionárias diminuíram em janeiro. Tanto os custos de insumos quanto a inflação da produção aumentaram ao ritmo mais lento em 19 meses, permanecendo, ainda assim, entre os mais elevados em 16 anos de pesquisa”, declarou Lima.

Já o nível geral de sentimento positivo potencializou-se para o maior patamar em sete meses, influenciado pela expectativa de esfriamento da atual onda de Covid-19 e estimativas de retomada do setor automotivo, além de melhora nas condições de demanda.

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