Preços ao produtor no Brasil finaliza 2021 com elevação recorde de 28,39%

Foto: azerbaijan_stockers/Freepik

No mês de dezembro do ano passado houve a primeira retração dos os preços ao produtor no Brasil em mais de dois anos. Ainda assim 2021 foi finalizado com progressão recorde na série histórica iniciada oito anos atrás, influenciado por fatores como câmbio, alta de matérias-primas e o clima.

Ainda em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou queda de 0,12% frente a novembro, quando houve elevação de 1,46%. Somente após 28 meses foi registrado esse resultado negativo, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo assim, os preços na indústria encerraram o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, após aceleração de 19,38% em 2020.

“Podemos enumerar, o câmbio (como fator para o resultado de 2021), cuja depreciação chegou a quase 10%; o comportamento do mercado ao longo do ano, com aumentos consideráveis no preço do minério de ferro, do óleo bruto de petróleo, de alimentos como açúcar e carne”, relatou o gerente do IBGE, Alexandre Brandão.

Brandão também chamou atenção para o efeito causado pela pandemia nas cadeias produtivas, bem como o clima, explicando que o inverno foi duro e resultou em problemas nas safras do açúcar e do café, por exemplo.

Entre as 24 atividades apuradas, o IBGE sinalizou que as duas quedas mais expressivas no último mês do ano passado aconteceram nas indústrias extrativas (-12,77%) e de metalurgia (-3,27%).

Em relação ao ano, os que mais se destacaram em relação aos outros foram: refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na porta da fábrica, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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