Comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 628 bilhões nos últimos sete anos.

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Redação: Victor Boscato

De acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 628 bilhões nos últimos sete anos. O crescimento foi impulsionado principalmente durante o período de 2020 a 2022, coincidindo com a pandemia da Covid-19, com transações de compra e venda online atingindo a marca de R$ 450 bilhões nesse período.

Entre os dispositivos mais utilizados nas transações, o celular liderou o ranking em termos de movimentação financeira, respondendo por 11,5% (R$ 72,1 bilhões) do total observado no período. Somente no ano passado, o faturamento com smartphones e outros aparelhos celulares comercializados via web chegou a R$ 16,9 bilhões.

O painel Comércio Eletrônico Nacional, uma iniciativa da pasta comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), lançado nesta quinta-feira (11), disponibiliza informações oficiais sobre o e-commerce no país, tornando-as de acesso público. A ferramenta é abastecida com dados fornecidos pela Receita Federal e apresenta os valores nominais dos negócios realizados com emissão de nota fiscal no Brasil.

“Num momento em que o e-commerce vem crescendo no Brasil e no mundo é fundamental que todos tenham acesso a essas informações, até para se preparar para o processo de transformação digital da economia”, afirmou Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do ministério.

No início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o e-commerce ganhou destaque após a informação de que a gestão petista colocaria fim à isenção de imposto de importação para encomendas de até US$ 50 (R$ 250) enviadas por pessoas físicas e destinadas também a pessoas físicas. A medida teve como objetivo barrar o uso dessa isenção por empresas que fraudam o processo de importação e colocam indevidamente o nome de indivíduos como remetentes, uma prática denunciada por empresas brasileiras contra seus rivais asiáticos, como AliExpress, Shein e Shopee, que abocanharam uma parte significativa do mercado brasileiro com produtos mais baratos.

No entanto, após a repercussão negativa dos planos do governo nas redes sociais, polêmica que mobilizou inclusive a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, o Executivo recuou. O novo painel do MDIC, segundo os técnicos do ministério, está alinhado aos esforços do governo federal para impulsionar e dar transparência à economia digital no Brasil, dando visibilidade a um mercado que cresceu em faturamento mais de cinco vezes nos últimos sete anos, saltando de R$ 36 bilhões (2016) para R$ 187 bilhões (2022).