Pnad: Taxa média anual de desemprego retrai para 13,2% em 2021

Foto: @yanalya/Freepik

Com o efeito causado pela reabertura da economia, a taxa média de desemprego no Brasil caiu de 13,8% para 13,2% em 2021, informou nesta quinta-feira (24) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo sendo inferior em comparação a 2020, quando a taxa média era de 13,8% com os impactos do início da pandemia, o indicador ainda segue superior ao patamar pré-coronavírus, que era de 12% em 2019.

Em relação ao número médio de desocupados, foi projetado em 13,9 milhões no ano passado, contingente que ficou parcialmente equilibrado em comparação ao ano anterior. Já o número de ocupados com algum tipo de trabalho aumentou 5% entre a passagem de 2020 para 2021, chegando a marca de a 91,3 milhões de pessoas em 2021.

A taxa média de desocupação de 13,2%, a segunda mais elevada da série, representa o cenário do mercado de trabalho em um momento em que a ocupação voltou a avançar após um ano conturbado e de perdas significativas, detalhou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

A estimativa do rendimento médio recebido pelos trabalhadores ficou em R$2.587, uma queda de 7,0% frente ao patamar de 2020, que representa uma perda de R$195. Isso significa que, apesar da diminuição nos índices de desemprego, a população está recebendo salários menores. A massa de rendimento, portanto, também sofreu queda (-2,4% ou R$5,6 bilhões) nesse período, sendo estimada em R$230,6 bilhões, devido, principalmente, ao avanço da inflação no País.

Desemprego cai para 11,1% no quarto trimestre de 2021

A pesquisa também informou um recorte trimestral. Nesse caso, a taxa de desemprego regrediu para 11,1% no quarto trimestre do último ano. O número veio em alinhado com as estimativas do mercado financeiro. Analistas ouvidos pela agência Reuters tinham a expectativa de uma taxa de 11,2% no período.

No terceiro trimestre do ano passado o indicador estava em 12,6%. Entre outubro e dezembro de 2020, era de 14,2%.

Com a nova queda, o número de desempregados foi projetado em 12 milhões no quarto trimestre de do ano passado. Reduziu 10,7% (menos 1,4 milhão de pessoas) em comparação ao trimestre encerrado em setembro e recuou 16,7% (menos 2,4 milhões de pessoas) contra o mesmo trimestre de 2020.

Já em relação a população ocupada, projetada em 95,7 milhões de pessoas no último trimestre de 2021, aumentou 3% (2,8 milhões de pessoas) contra o último trimestre e cresceu 9,8% (8,5 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.

O rendimento real habitual, é projetado em R$ 2.447 no quarto trimestre, retraiu 3,6% em comparação ao trimestre passado e encolheu 10,7% em relação a igual trimestre do ano retrasado. Foi o rendimento mais baixo da série histórica, iniciada 10 anos atrás. A média anual foi de R$ 2.587, perda de 7% para 2020 (ou menos R$ 195).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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