Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Nesta sexta-feira (18), a Petrobras informou que não pode adiantar “decisões sobre manutenção ou ajustes de preços”, apontando que os valores dos combustíveis não tendem a sofrer novos ajustes no curto prazo.
Em meio a aceleração dos valores internacionais do petróleo, a Petrobras fez um reajuste no preço da gasolina em 18,8%, e o do diesel, em 24,9%. Já o gás de cozinha ficou 16,1% mais caro. Na segunda-feira (14), o preço do barril ficou próximo dos US$ 140.
Os reajustes, influenciados pela elevação internacional do petróleo ocasionado pelo conflito em território ucraniano, têm sido foco de críticas da população e do governo – que cobra uma diminuição após a queda dos preços do barril esta semana.
A Petrobras afirmou em nota que, tomou a decisão de não repassar a oscilação dos preços, o que ocorreu somente em 11 de março, “após serem observados preços em patamares consistentemente elevados”.
“Os valores aplicados naquele momento, apesar de relevantes, refletiam somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia”, explica a estatal.
O valor do barril tem demonstrado alta oscilação devido ao conflito no leste europeu, as sanções comerciais à Rússia e à nova onda da Covid na China, que indica arrefecimento na economia do país. No início desta semana, ocorreram novas retrações, com o barril voltando a ser vendido inferior aos US$ 100. Porém, na quinta-feira, aumentou mais de 8%, e segue tendência de alta nesta sexta.
A elevação dos valores anunciada pela Petrobras na última semana ocasionou uma impactante reação negativa. Na última quarta (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou a reclamação do presidente Jair Bolsonaro – que, na véspera, disse esperar que a estatal repasse aos combustíveis a retração recente no valor internacional do barril de petróleo.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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