Após sequência ruim, confiança dos consumidores volta a crescer

Foto: Jack Sparrow/Pexels

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) cresceu 1 ponto de setembro para outubro em 2021, descontinuando uma sequência de dois meses em declínio. Sendo assim, o indicador está em 76,3 pontos, em uma escala de zero a 200.

O Índice de Expectativas é o principal responsável pela alta, medindo a confiança do consumidor brasileiro no futuro. Diretamente influenciado pela perspectiva de melhora na renda familiar, o subíndice subiu 1,3 ponto, atingindo 82,4 pontos no mês de outubro.

Já o índice da Situação Atual, que mede a percepção do consumidor sobre o presente, chegou a 69 pontos, variando 0,2 ponto em relação ao mês anterior.

Quando é feita a análise por faixa de renda, observa-se ainda uma variação grande em relação a percepção dos consumidores, principalmente entre as classes sociais. Neste cenário, destaca-se o agravamento da confiança para os consumidores com vencimentos de até R$ 2,1 mil, acumulando queda de 1,4 ponto, chegando a 63,7 pontos. Pessoas com rendas de R$ 2,1 mil até R$ 4,8 mil, demonstram-se esperançosas, com o índice registrando aumento de 5,37 pontos, chegando a 73 pontos. Em relação as rendas a partir de R$ 4,8 mil até R$ 9,6 mil, a confiança ficou estável nos 81,8 pontos. Por fim, para salários a partir de R$ 9,6 mil, o índice subiu de 85 para 85,7 pontos.

As diferenças percebidas pelas classes sociais refletem diretamente a situação econômica vivenciada atualmente pela população brasileira, destaca Samuel Durso, economista-chefe do Denarius. “A parcela menos favorecida da população tem percebido uma redução significativa do poder de compra em função da escalada na inflação nos últimos meses” destaca Durso. Os itens alimentícios têm representado um dos vilões do aumento dos preços, o que exerce impacto mais significativo para famílias com rendas inferiores, as quais destinam maior proporção da renda para a compra de alimentos, explica o especialista.

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