Pesquisa aponta que países emergentes perderam US$ 4 bi no mês de abril

Foto: Freepik

No mês de abril, o panorama de grande sensibilidade a risco nos mercados globais afetou os ativos de países emergentes, que apresentaram fluxo negativo de US$ 4 bilhões no mês, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) com base em dados apurados pela própria entidade. O IIF destaca os riscos geopolíticos, inflação global, aperto monetário e receios de que a economia mundial arrefeça como os principais fatores para a queda do interesse mundial pelos mercados emergentes.

O mercado acionário foi a maior influência para o fluxo negativo de abril, com saída de US$ 9,5 bilhões, enquanto a dívida de emergentes puxou US$ 5,5 bilhões. A China, no sentido contrário, registrou entrada de US$ 1 bilhão no mercado acionário e saída de US$ 2,1 bilhões em títulos da dívida.

Segundo o instituto, o volume mais baixo do desempenho das ações de emergentes foi puxado pela grande volatilidade nos mercados acionários em países mais desenvolvidos, bem como pelo menor apetite de investidores. Essa volatilidade, de acordo com a instituição, deve seguir nos meses seguintes e alguns mercados emergentes podem entrar em retomada após chegarem a níveis muito fracos, influenciados por uma eventual elevação nos preços de commodities. O aperto monetário global, no entanto, pode desacelerar este ímpeto.

O IIF também aponta que o conflito no leste europeu, apesar de colaborar para o cenário de cautela, não tem impactado emergentes de forma “catastrófica” até agora. “Nossos dados de alta frequência registraram saída de capital em ações de emergentes – excluindo China -, mas o episódio não se aproxima do mais grave da última década”, relatou o IIF.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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