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Nesta terça-feira (8) foi divulgada a nova ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que informou que a estimativa para o IPCA deste ano no cenário de referência está em 5,4%.
Tal cenário ocorre imaginando a taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,45 e progredindo de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). Já para 2023, a expectativa está em 3,2%.
Algumas projeções já foram vistas no comunicado de sete dias atrás, quando o Copom elevou a Selic (a taxa básica de juros) em 1,50 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, oitavo crescimento seguido, configurando o processo de aperto monetário mais intenso desde 1999.
O BC, inclusive, pontuou que antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros, em relação aos passos seguintes.
A Ata destacou também que foi a primeira vez que a estimativa do BC prevê o rompimento da meta de inflação este ano, considerando o teto de 5,0%. Para o próximo ano, a projeção ainda está levemente inferior ao centro da meta (3,25%).
A instituição estima que ocorra um aumento de 6,6% nos preços administrados em 2022, considerando seu cenário de referência. Em relação a 2023, a projeção é de 5,4%. O BC adota ainda a possibilidade de bandeira tarifária “vermelha patamar 1” no último mês deste e do próximo ano. Apesar disso, o cenário se desenha melhor em vista do que foi observado na reunião de dezembro, quando previa bandeira “vermelha patamar 2”.
“A alta nos preços dos bens industriais não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, ainda refletindo a gradual normalização da atividade no setor”, informou novamente o Copom, em avaliação próxima à feita na reunião de dezembro. “As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”.
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