Demanda melhora e serviços no Brasil crescem em fevereiro

Foto: Yan Krukov/Pexels

O aumento no volume da atividade de serviços do Brasil cresceu em fevereiro em meio à demanda positiva com a retração da pandemia e a aceleração da vacinação contra o coronavírus, disse a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta segunda-feira (7).

De acordo com a IHS Markit, o PMI cresceu a 54,7 em no segundo mês do ano, de 52,8 em janeiro, mês em que a cadência da atividade esfriou por conta da variante Ômicron do coronavírus. Nota-se que o índice seguiu superior a marca de 50, que separa o aumento de contração, pelo nono mês consecutivo.

Além da retração nos casos de Covid-19 e do aumento no ritmo da vacinação, diversas empresas citaram ainda a recuperação de eventos adiados, a queda das restrições de viagem e o crescimento da adesão dos consumidores, explicou a IHS Markit.

As vendas expandiram fortemente e o aumento da atividade influenciou os fornecedores de serviços brasileiros a subir suas equipes em fevereiro.

O subíndice de emprego registrou elevação pelo nono mês consecutivo, e apresentou o segundo volume mais rápido em quase 14 anos.

As empresas informaram também outra elevação das despesas operacionais. Mesmo a taxa de inflação dos preços ter arrefecido em comparação com janeiro, ela ainda foi intensa, em meio a custos maiores com energia, alimentação, combustível, encargos trabalhistas, embalagens e transporte. Em alguns casos, as elevações também foram relacionadas ao enrijecimento do dólar e à falta de insumos.

A intenção das empresas é proteger suas margens e com isso repassaram o crescimento dos preços aos clientes, ainda que o aumento dos preços dos bens finais tenha se suavizado em relação a janeiro.

O levantamento, feito antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou ainda que a confiança nos negócios subiu em fevereiro, com pensamento positivo no maior nível desde setembro.

Os fornecedores de serviços apresentaram esperanças de que as condições econômicas sigam melhorando conforme os casos de Covid-19 caiam, e tendem a aumentar e oferecer novos serviços.

Em fevereiro, o PMI da indústria brasileira apresentou que a retração nas novas encomendas desacelerou, e o setor se ficou mais próximo da estabilização.

Com a aceleração dos serviços, a produção do setor privado ganhou força, com o PMI Composto pulando a 53,5, máxima desde setembro, de 50,9 em janeiro.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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