Copom eleva a Selic em 0,50%, para 13,25% ao ano

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Conforme o o esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira (15) a decisão de elevar em 0,50% a taxa básica de juros. Em sua reunião de política monetária, o grupo decidiu por unanimidade fixar em 13,25% ao ano a taxa Selic.

Adicionalmente, o Copom aponta que os indicadores da atividade econômica brasileira registraram um crescimento acima do que era esperado e que os indicadores de inflação apresentam-se acima do intervalo tolerável, portanto, incompatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas convergem para a meta apenas em 2024.

O comunicado também sinaliza que o cliclo de alta não está próximo do fim. Portanto, na próxima reunião espera-se um aumento de mais 0,50% ou eventualmente 0,25%, em linha com a visão do Fomc (Federal Open Market Committee) do Federal Reserve (Fed) norte-americano.

Também nesta quarta-feira, o Fed elevou em 0,75 ponto percentual a taxa de juros, pressionado pela alta da inflação Estados Unidos, subindo para faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano. É o maior aumento deste 1994. Em seu comunicado, o Fed reafirma que o comitê está fortemente comprometido em devolver a inflação à meta de 2%.

Gabriel Emir Moreira e Silva, superintendente da área de Projetos da FIPECAFI e consultor na área de investimentos financeiros, otimização financeira e hedge de operações financeiras, destaca que em ambos comunicados emitidos hoje, do Copom e do Fomc, converge o entendimento de que a guerra na Ucrânia continua causando enormes dificuldades humanas e econômicas, além dos resquícios de ameaça de Covid-19 na China com lockdowns temporários.

Na visão dosuperintendente da área de Projetos da FIPECAFI, a incerteza continua em níveis altos e a percepção dos riscos precisa ser mitigada pois a pressão inflacionária veio para ficar e se materializa através de diversos problemas na interrupção na cadeia de suprimentos, seja de comodities, produção de alimentos e o aumento de combustíveis.

“A pressão inflacionária global já é comparável ao choque do petróleo na década de 70, portanto, dificilmente a convergência da inflação virá sem o efeito amargo colateral da recessão nos meses que se seguem”, pondera Moreira e Silva, ressaltando que o grande problema é que nos EUA as taxas de desemprego estão em níveis de 3,6% e no Brasil 10,5%. Logo, temos menos fôlego para enfrentarmos uma recessão, ainda que temporária.

“Devemos esperar uma pressão de baixa no mercado de ações e a valorização do dólar frente a outras moedas. Resta observar se, neste novo balanço de preços dos diferentes fatores de mercado, o Brasil ainda permanecerá descolado do resto do mundo em termos de valorização cambial e bolsa”, completa.

Como o esperado o Comitê de Política Monetária COPOM eleva em 0,50% a taxa de juros básica a Selic, em sua reunião de política monetária, nesta quarta-feira, 15, fixando em 13,25 pontos percetuais ao ano a taxa Selic. O comunicado também sinaliza que o cliclo de alta não esta próximo do fim portanto na próxima reunião deveremos ter um aumento de mais 0,50% eventualmente 0,25%, em linha com a visão do FOMC (Federal Open Market Committee) do FED americano que elevou em 0,75 ponto percentual, pressionado pela alta da inflação Estados Unidos subindo para faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano, é o maior aumento deste 1994. Em seu comunicado o FED reafirma “The Committee is strongly committed to returning inflation to its 2 percent objective”.

Em ambos comunicados no COPOM e do FOMC convergem em entender que a guerra na Ucrânia continua causando enormes dificuldades humanas e econômicas, além dos resquícios de ameaça de COVID 19 na China com lockdowns temporários.

Adicionalmente no Brasil o COPOM aponta que os indicadores da atividade econômica brasileira teve um crescimento acima do que era esperado. Os indicadores de inflação apresentam-se acima do intervalo tolerável portanto incompatível com o cumprimento da meta para a inflação e as expectativas de inflação convergem para a meta apenas em 2024.

Logo a incerteza continua em níveis altos e a percepção dos riscos precisam ser mitigados pois a pressão inflacionária veio para ficar, ela se materializa através de diversos problemas na interrupção na cadeia de suprimentos sejam de comodities, produção de alimentos e o aumento de combustíveis.

A pressão inflacionária global já é comparável ao choque do petróleo na década de 70, portanto dificilmente a convergência da inflação virá sem o efeito amargo colateral da recessão nos meses que se seguem. O grande problema é que nos EUA as taxas de desemprego estão em níveis de 3,6% já no Brasil 10,5% portanto menos fôlego para enfrentarmos uma recessão, ainda que temporária.

Devemos observar uma pressão de baixa no mercado de ações e valorização do Dolar frente a outras moedas, resta observar de neste novo balanço de preços dos diferentes fatores de mercado o Brasil ainda permanecerá deslolado do resto do mundo em termos de valorização cambial e bolsa.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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