Confiança da Construção registra em agosto o maior nível desde 2013; Custo da Construção esfria

Foto: Freepik

O sentimento de melhora do ambiente de negócios influenciou a elevação de 1,4 ponto do Índice de Confiança da Construção (ICST) em agosto. Com a oscilação, o indicador atingiu os 98,2 pontos, maior patamar desde dezembro de 2013 (98,3 pontos), segundo as informações reveladas nesta sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), disse que o otimismo mais alto é reflexo da melhora das percepções sobre a situação atual e das projeções para os meses seguintes, que veio a prevalecer novamente entre as empresas.

“O aumento da confiança no mês recuperou a queda anterior, embora ainda permaneça abaixo do nível de neutralidade. Apesar de uma percepção mais favorável sobre a situação atual e a despeito das últimas medidas voltadas ao segmento de habitação social, as expectativas estão mais pessimistas que há um ano, o que sinaliza um cenário ainda desafiador à frente”, relata a pesquisadora.

O segmento de infraestrutura apresentou a maior retração do indicador na comparação interanual. Para Ana Maria, o desempenho pode ser fruto da perspectiva de arrefecimento dos investimentos relacionados ao ciclo eleitoral. No segmento de Edificações Residenciais, as expectativas referentes à demanda prevista demonstraram melhora no otimismo frente a julho.

No mês de agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,6 ponto, para 96,4 pontos, maior patamar desde maio de 2014 (97,6 pontos), resultado influenciado pela melhora do indicador de situação atual dos negócios, que cresceu 3,9 pontos, para 96,2 pontos.

Em relação ao indicador de volume da carteira de contratos, foi observado encolhimento de 0,8 ponto, para 96,5 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, acelerou 1,2 ponto, para 100,1 pontos. O desempenho veio, principalmente, com otimismo mais forte sobre o indicador que mede a demanda estimada para os próximos três meses, que avançou 1,7 ponto, para 102,8 pontos.

INCC

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) esfriou 0,33% em agosto, após elevação de 1,16% em julho. Com o resultado, o avanço acumulado em 12 meses pelo indicador arrefeceu de 11,66% para 11,40%.

O desafogo do INCC-M foi dividido entre os componentes de Materiais, Equipamentos e Serviços (0,60% para 0,14%) e de Mão de Obra (1,76% para 0,54%).

Os que mais puxaram para baixo  o INCC-M de agosto foram de tubos e conexões de PVC (-0,10% para -3,16%), tubos e conexões de ferro e aço (0,85% para -2,76%) e vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,39% para -0,83%), seguidos por condutores elétricos (-1,53% para -1,96%) e compensados (-0,82% para -0,50%).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

Contato: [email protected]