China adquire soja dos EUA no ápice da temporada de exportação do Brasil

Foto: @sergiorojoes/Freepik

Na última terça-feira (1) a China adquiriu soja dos Estados Unidos. O valor dos carregamentos americanos era menor, em comparação aos embarques brasileiros, mesmo sendo o período de pico para as exportações do Brasil.

O país asiático, o maior importador de soja do planeta, encomendou no mínimo cinco carregamentos de soja dos EUA, algo próximo de 300 mil toneladas, para embarque em abril/maio, segundo um trader asiático com conhecimento do acordo.

Foi confirmado nesta quarta-feira que exportadores privados registraram a venda de 198 mil toneladas de soja para a China e 198 mil toneladas para lugares não informados, para entrega no ano comercial de 2021/22 que se encerra em 31 de agosto.

Mesmo tendo adquirido cinco carregamentos de grãos antigos, a China também comprou algumas safras do novo ciclo dos americanos, que estarão à disposição a partir de setembro, de acordo com o trader.

Também foi divulgado pelo USDA vendas de 68 mil toneladas de soja para a China e 66 mil toneladas de soja para destinos anônimos para 2022/23.

O motivo do interesse da China no negócio se deve ao fato de os grãos dos EUA serem economicamente mais baratos que os brasileiros e as margens físicas de esmagamento eram “interessantes”.

Em relação as margens físicas de esmagamento para grãos do Golfo americano, para entrega em abril-maio, eram o equivalente a 500 iuanes (79,19 dólares) por tonelada, de acordo com os dados da Mysteel, uma consultoria com sede na China.

Os valores do farelo de soja da China cresceram para recordes no último mês, em meio ao aperto na oferta e à medida que o tempo ruim diminui as projeções de safras, desacelerando o ritmo das exportações do Brasil, o maior exportador global.

Os custos do farelo e do óleo de soja na China tiveram outro arranque depois do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, dois importantes exportadores de grãos e óleo comestível, que encerrou as cadeias de suprimentos agrícolas mundiais e aumentou os preços no mundo todo.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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