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O ritmo de vendas do comércio varejista nacional de outubro para novembro de 2021 subiu 0,6%, mostrou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, contudo, a redução foi de 4,2%.
Os números apresentados foram melhores do que o imaginado. A estimativa, de acordo com o consenso Refinitiv, era de que as vendas no varejo ficassem estáveis na base mensal e recuassem 6,5% frente ao mesmo mês de 2020.
Mesmo com a aceleração na base mensal, a maior parte das atividades apresentaram resultado negativo no período. No ano, o varejo acumula elevação de 1,9% e nos últimos doze meses, também avanço de 1,9%.
As baixas ocorreram em cinco das oito atividades analisadas em novembro. Mesmo assim o varejo progrediu, influenciado, principalmente, pela expansão de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Também cresceram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).
O número de vendas de móveis e eletrodomésticos encolheu 2,3%, assim como tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%). Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação variou para baixo apenas 0,1%, demonstrando estabilidade.
Já no comércio varejista ampliado, houve elevação de 0,5% no volume de vendas, em novembro, puxado pelas taxas positivas de veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%), após os resultados negativos do mês anterior, -0,4% e -0,8%, respectivamente.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, sete das oito atividades apuradas demonstraram taxas negativas, com ênfase para móveis e eletrodomésticos (-21,5%), combustíveis e lubrificantes (-7,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-4,4%).
Os outros segmentos que tiveram regressão frente a novembro de 2020 foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%), e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,4%).
A única atividade que apresentou crescimento em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2020, foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+2,5%).
No comércio varejista ampliado, o setor de veículos, motos, partes e peças cresceu 1,7% em relação a novembro de 2020, enquanto material de construção recuou 4,1% no período.
Na passagem de outubro a novembro de 2021, o comércio varejista teve resultados negativos em 14 das 27 unidades da federação, com destaque para Paraíba (-3,1%), Piauí (-3,0%) e Bahia (-2,8%). Em contramão, no campo positivo, estão 13 UFs, sendo as principais Roraima (3,7%), Rio de Janeiro (2,8%) e Distrito Federal (2,7%).
No comércio varejista ampliado, também 14 UFs tiveram taxas negativas. As mais intensas foram na Paraíba (-6,8%), Tocantins (-6,1%) e Alagoas (-5,1%). Já na direção positiva, figuram 12 unidades da federação, com destaque para Rio de Janeiro (2,1%), Amazonas (1,9%) e Rondônia (1,7%). O Amapá ficou estável (0,0%).
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