Vendas de veículos crescem 20,7% em agosto contra o mesmo período de 2021

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No ritmo mais elevado dos últimos 20 meses, as vendas de veículos encerraram o mês de agosto com expansão de 20,7% frente ao mesmo mês do último ano, com um total de 208,5 mil unidades emplacadas, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a associação que representa as concessionárias.

Na margem – ou seja, na passagem de julho para agosto –, ocorreu elevação de 14,6%, o que diminuiu a retração do mercado no acumulado desde o primeiro dia do ano para 8%.

Para o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., o resultado fortifica a tendência de retomada do mercado. De acordo com ele, a falta de peças nas linhas de montagem já não é mais tão limitante quanto no começo deste ano, permitindo maior equilíbrio entre oferta e demanda.

“A crise de abastecimento arrefeceu um pouco e já não impede que o consumidor encontre o modelo desejado, salvo alguns casos pontuais. Os números refletem esse cenário”, disse o executivo.

Desde o último mês do ano retrasado, quando foram vendidos 244 mil veículos no País, não era observado um número tão elevado num único mês. Com mais carros a pronta no mercado, a média diária de vendas, que foi entre 8,5 mil e 8,7 mil entre maio e julho, ultrapassou pela primeira vez neste ano de 9 mil unidades.

Além da melhora na oferta de produtos, com a redução da frequência de paradas de produção nas montadoras, o desempenho segue o corte, expandido no último mês para 24,75%, das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis.

Só no segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas registraram aceleração em agosto de 22,5% no comparativo interanual e de 14,8% em comparação com julho. Foram vendidas 194,1 mil unidades nesse segmento durante o último mês.

Na disputa entre as marcas, a Fiat lidera o ranking de vendas no acumulado do ano, com participação de mercado de 22%. Na sequência, aparecem General Motors (14,4%), Volkswagen (12,9%) e Toyota (10,1%).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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