Setor de serviços do Brasil arrefece em julho apesar de sinais de desafogo na inflação

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O crescimento da atividade de serviços do Brasil arrefeceu em julho e teve o pior volume desde o início do ano, depois de ter registrado um recorde no mês passado, ainda impactada pelas pressões inflacionárias, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global, externada nesta quarta-feira (03).

O PMI recuou a 55,8 em julho, após em junho equiparar a leitura mais elevada da série histórica, de 60,8. Mesmo com a retração para a taxa mais arrefecida desde fevereiro no último ano, o índice segue bem superior à marca de 50 que separa avanço de queda.

O mês foi marcado por elevações mais leves na atividade de negócios e nas vendas, mas com a demanda ainda reforçada. O ritmo de novos pedidos acelerou pelo 15º mês seguido em julho, mas a taxa de crescimento foi a mais fraca em cinco meses.

Os fornecedores de serviços brasileiros ainda relataram aceleração das despesas operacionais, com pressão dos preços de alimentos, combustíveis e serviços públicos. Outras empresas apontaram ainda a valorização do dólar.

“O crescimento foi sem dúvida amortecido por fortes pressões sobre os preços, embora as empresas tenham permanecido confiantes em uma recuperação sustentada da economia ao longo dos próximos 12 meses”, relatou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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