Fome no país é mais alta em lares com crianças abaixo de 10 anos

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A segunda etapa do Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil (Vigisan), externada hoje (14), aponta que a fome atinge mais as casas em que vivem crianças com menos de dez anos.

Segundo a pesquisa, 37,8% dos domicílios onde vivem essas crianças lutam contra a insegurança alimentar grave ou moderada, ou seja, passam fome ou têm uma dieta insuficiente. O percentual é 7 pontos superior a média nacional, de 30,7%, quando apurados todos os domicílios.

No mês de junho, a primeira fase da pesquisa sinalizou que 33 milhões de brasileiros estão em insegurança alimentar grave, ou seja, passam fome.

“Fica claro que, quanto maior a quantidade de crianças em uma casa, maior a chance de ter insegurança alimentar, mais fome. Há uma relação direta porque a demanda das crianças é maior”, disse Rosana Salles Costa, do Instituto de Nutrição da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pesquisadora da rede Penssan.

“Quando se tem uma criança em uma família com renda adequada, não há problema em pagar uma escola particular; ou, se for pública, consegue comprar material, atender demandas de saúde. Quando não, essas famílias têm de fazer escolhas”, acrescenta.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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