Vendas no varejo ficam abaixo das expectativas e têm maior retração para julho em 4 anos

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As vendas no varejo brasileiro encolheram no mês de julho, a terceira retração consecutiva do comércio frente ao mês anterior, contrariando a estimativa de expansão. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados nesta quarta-feira (14) apontam ainda contração em sete das oito atividades apuradas.

As vendas recuaram 0,8% frente a junho, em dado com ajuste sazonal, maior queda para o mês desde 2018 (-0,9%). Na comparação com julho do último ano, o varejo encolheu 5,2%.

A projeção em pesquisa da Reuters era de elevação de 0,30% na comparação mensal e de regressão de 3,50% sobre um ano antes.

As retrações nas vendas na comparação com junho foram espalhadas, com ênfase para tecidos, vestuários e calçados (-17,1%), móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e livros, jornais e papelaria (-2,0%).

Somente a atividade de combustíveis e lubrificantes (12,2%) demonstrou expansão, acompanhando a retração recente de preços nesse setor, que determinaram a deflação observada em julho, refletindo a queda das cotações internacionais e a política de desoneração implementada pelo governo no ano eleitoral.

Nos três meses até julho, as vendas no varejo acumularam encolhimento de 2,7%. No ano, o ritmo de vendas tem aceleração de 0,4% e está atualmente apenas 0,5% superior ao patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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