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Houve aceleração da confiança do empresário industrial em 17 dos 29 setores apurados. Os dados são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) por setor, divulgado nesta sexta-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pesquisa informa que o único setor que apresentava uma tendência negativa no primeiro mês do ano, o de produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, ficou otimista novamente.
Segundo a CNI, o que mantem o Icei dentro da taxa positiva são as estimativas em relação à economia nos próximos seis meses.
A expectativa otimista predominou nos 29 setores apurados. Já em relação ao momento atual da economia, o indicador relata que somente 13 dos 29 setores estão apresentando confiança.
Samuel Durso, economista chefe do Denarius, destaca que o setor industrial tem retomado o processo de expansão, após as consequências do primeiro ano da pandemia. “A melhoria na confiança dos empresários é um reflexo direto do retorno do funcionamento dos mercados, o que tem sido possível graças ao avanço da vacinação. Contudo, é importante lembrar que as expectativas para a economia brasileira em 2022 não são animadoras. Os economistas têm esperado a estagnação para este ano, com um crescimento do PIB em torno de 0,3%, tornando a expansão industrial um desafio. Além disso, a retomada dos juros pode fazer com que os projetos do setor sejam revistos no curto prazo, uma vez que o acesso ao crédito passa a ser mais restrito”.
A pesquisa aponta que, apesar da elevação da confiança, na comparação com o segundo mês de 2021, somente cinco setores na indústria de transformação estão mais esperançosos do que há um ano. São eles: manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos; calçados; couros e artefatos de couros; bebidas e produtos diversos.
Os setores mais otimistas são: extração de minerais não-metálicos (60,5 pontos), produtos de metal (59,9 pontos), veículos automotores (59,8 pontos), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (59,7 pontos).
O índice varia de zero a 100 pontos, sendo que valores superiores a 50 pontos indicam confiança do empresário. A pesquisa foi feita de 1º a 10 de fevereiro, com 2.222 empresas, sendo 912 de pequeno porte, 805 de médio porte e 505 de grande porte.
(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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