Operações com criptomoedas chegam a R$ 200,7 bilhões no Brasil em 2021

Foto:Rawpixel.com/Freepik

Há alguns anos verificamos um crescente interesse nos investimentos em criptomoedas. A empolgação e os receios iniciais em torno do assunto, no entanto, já dão espaço a um cenário mais consolidado. Contribuintes brasileiros informaram à Receita Federal, em 2021, um total de R$ 200,7 bilhões em operações com criptomoedas, relatou o órgão. O número registrado é superior ao dobro dos R$ 91,4 bilhões em operações vistas em 2020.

Como base de comparação, os R$ 200,7 bilhões em operações com moedas virtuais corresponde a duas vezes e meia o total de investimentos acumulados no programa Tesouro Direto, do governo.

As informações fornecidas pela Receita Federal mostram grande aumento no interesse de investidores brasileiros nas criptomoedas. O número médio de pessoas que relatam operações com as moedas virtuais saltou de 125 mil por mês, em 2020, para 459 mil por mês, em 2021.

Homens representam 86,3% dessas comunicações no último ano. Já as mulheres, são 13,7%.

Em relação número médio de empresas que reportaram transações nesse universo, o crescimento foi também significativo: de 3,1 mil por mês, em 2020, para 6,3 mil por mês, no ano passado.

Mesmo com essa expansão, o país ainda não tem uma regulamentação específica para as moedas digitais. Essas moedas costumam apresentar grandes oscilações em seus valores. Em 2021, por exemplo, o Bitcoin, registrou valor recorde no mês de abril (US$ 63,5 mil, no dia 13). Porém, ao final de junho, já havia registrado perda de 50% (US$ 31,6 mil, no dia 25).

Uma curiosidade importante é que em setembro o governo Chinês declarou ilegais todas as transações com criptomoedas, principalmente devido às fortes oscilações. “O comércio e a especulação com Bitcoin e outras moedas virtuais se estenderam, alterando a ordem econômica e financeira, aumentando a lavagem de dinheiro, a arrecadação de fundos ilegais, os esquemas de pirâmides e outras atividades criminosas e ilegais”, alegou o Banco Central chinês na época.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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