Confiança do comércio encolhe 10,8 pontos em novembro contra outubro

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) despencou 10,8 pontos de outubro para novembro, para 87,2 pontos, divulgou nesta terça-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com retração impactante, o Icom apresentou o patamar mais baixo desde abril passado. Em médias móveis trimestrais, o Icom recou 4,1 pontos, a primeira contração após oito meses seguidos de avanços.

Foi a segunda regressão consecutiva no indicador, refletindo, segundo a FGV, uma desaceleração no ritmo de vendas no comércio, que acaba por influenciar as projeções frente ao desempenho da atividade nos próximos meses.

“Os empresários percebem uma forte desaceleração da atividade no momento e projetam piora para os próximos meses, em linha com um cenário mais restritivo de elevada taxa de juros, inflação e redução do ímpeto de consumo dos consumidores”, aponta a nota divulgada pela FGV, destacando que a “deterioração” na confiança do empresário do comércio em novembro chamou a atenção pela “intensidade e disseminação”.

A queda no Icom foi espalhada porque ocorreu em todos os seis segmentos do comércio apurados na Sondagem do Comércio. E correu tanto frente a outubro quanto contra novembro do ano passado. Sobre um ano antes, o Icom agregado encolheu 0,9 ponto.

A deterioração na confiança em novembro foi influenciada pela percepção em relação ao desempenho da atividade no presente porque o Índice da Situação Atual (ISA-COM) caiu 12,6 pontos, ficando em 89,7 pontos, patamar mais fraco desde março deste ano. “Os dois indicadores que compõe o ISA-COM também tiveram significativa queda no mês, o volume de demanda atual caiu 11,6 pontos e a situação atual dos negócios 13,5 pontos”, detalha a nota da FGV.

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) contraiu 8,6 pontos, registrando 85,2 pontos. Conforme a FGV, é o patamar mais arrefecido desde julho passado. A nota publicada pela entidade relata que essa retração foi “influenciada pela piora das perspectivas de vendas nos próximos meses cujo indicador diminuiu 10,8 pontos e queda de 6,2 pontos no indicador que prevê a tendência dos negócios nos próximos seis meses”.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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