Confiança da Construção cresce 3,5 pontos em setembro; custo da construção desacelera a 0,10%

Foto: Freepik

O Índice de Confiança da Construção (ICST) acelerou 3,5 pontos em setembro, a 101,7 pontos, o patamar mais elevado desde novembro de 2012 (102,3 pontos), externou nesta terça-feira (27), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice cresceu 1,4 ponto.

“O resultado da sondagem de setembro fortalece as projeções de um crescimento vigoroso para a construção em 2022, impulsionado pelo ciclo de negócios das empresas”, disse a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.

“No entanto, os desafios para a continuidade desse crescimento permanecem ante as fragilidades fiscais, que devem comprometer os investimentos públicos e a perspectiva da manutenção das taxas de juros elevadas por muito mais tempo.”

Nas aberturas, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,3 ponto, para 97,7 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2014 (98,3). O resultado foi influenciado pela elevação 1,8 ponto do indicador de situação atual dos negócios, a 98,0, enquanto o volume da carteira de contratos cresceu 0,9 ponto, para 97,4.

O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, avançou 5,6 pontos, para 105,7 pontos. Entre os componentes do grupo, o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses registrou aceleração de 8,8 pontos, para 106,1, e o indicador de demanda prevista nos próximos três meses apresentou alta de 2,5 pontos, para 105,3.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção cresceu 0,3 ponto porcentual, para 78%. Nas aberturas, o NUCI de Mão de Obra ficou equilibrado em 78,9%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos acelerou 0,5 ponto porcentual, para 73,2%.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), também divulgado nesta terça-feira pela FGV, desacelerou a 0,10% em setembro, após crescer 0,33% em agosto.

O desafogo do INCC-M foi espalhado entre os componentes de Materiais, Equipamentos e Serviços (0,14% para -0,06%) e de Mão de Obra (0,54% para 0,26%).

Nas aberturas, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos encolheu 0,14%, após avançar 0,03% em agosto, influenciado por materiais para estrutura (-0,08% para -0,42%). O índice de Serviços arrefeceu de 0,68% para 0,34% no período, com destaque para o recuo de refeição pronta no local de trabalho (1,54% para 0,07%).

As principais influências que levaram para baixo o INCC-M de setembro foram de vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,83% para -3,20%), tubos e conexões de PVC (-3,16% para -1,25%), argamassa (0,10% para -0,77%), tubos e conexões de ferro e aço (-2,76 para -0,56%) e impermeabilizante (0,11% para -0,85%).

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

Contato: [email protected]