Inflação oficial cresce 1,06% em abril e acumula 12,13% em 12 meses

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial de inflação do país, avançou 1,06% no mês de abril na frente a março, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) externados nesta quarta-feira (11).

Foi a maior elevação para um mês de abril desde 1996, 26 anos atrás (1,26%). O resultado foi influenciado principalmente pelos grupos de Alimentação&Bebidas e Transporte – principalmente a gasolina e o leite longa vida.

O indicador acumula aceleração de 4,29% no ano e de 12,13% nos últimos 12 meses, superior aos 11,30% verificados em março.

O indicador ficou levemente superior as projeções do mercado, pois o consenso Refinitiv estimava uma elevação mensal de 1,0% e anual de 12,07%.

Já o IPCA-15, que é uma prévia do IPCA, havia crescido 1,73% em abril, o crescimento mais expressivos para o mês desde 1995 e a maior oscilação mensal desde fevereiro de 2003.

Conforme citado, os impactos mais importantes da inflação em abril vieram de alimentação e bebidas e de transportes e os dois grupos colaboraram com cerca de 80% do IPCA, de acordo com o IBGE. O grupo alimentos e bebidas registrou a maior oscilação, de +2,06%, e o maior impacto no índice, de 0,43 ponto percentual. Transportes oscilou +1,91%, representando no índice 0,42 ponto percentual.

Em alimentos e bebidas, a aceleração foi influenciada por alimentos para consumo no domicílio (+2,59%) e por um avanço de mais de 10% no leite longa. Outros crescimentos significativos foram a da batata-inglesa (+18,28%), do tomate (+10,18%), do óleo de soja (+8,24%), do pão francês (+4,52%) e das carnes (+1,02%).

Em transportes, a elevação foi influenciada principalmente pelo crescimento nos preços dos combustíveis, que seguiram avançando, com aumento de 3,20% e impacto de 0,25 ponto percentual no IPCA de abril. A gasolina impactou +2,48%, produto individual com maior colaboração na subida no índice no mês: 0,17 ponto percentual.

Ocorreu ainda alta da inflação nos grupos saúde e cuidados pessoais (+1,77%) e artigos de residência (+1,53%). O único grupo a registrar queda nos preços foi habitação (-1,14%), pois os outros grupos ficaram com valorizações mais discretas, de 0,06% em educação e de 1,26% em vestuário.

O grupo habitação (-1,14%) registrou oscilação negativa em abril devido à regressão nos preços da energia elétrica (-6,27%), com o fim da bandeira tarifária escassez hídrica na metade do mês. Ela foi trocada pela bandeira verde, que não tem exerce cobrança extra na conta de luz.

O encolhimento em habitação só não foi mais elevado porque foram registradas acelerações no gás de botijão (+3,32%) e no gás encanado (+1,38%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou crescimento de 1,04% em abril, após uma alta de 1,71% em março, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE. Como resultado, o índice acumulou uma progressão de 4,49% no ano. A taxa em 12 meses foi de 12,47%.

O INPC mede a oscilação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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