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Uma pesquisa da provedora de informações financeiras Economatica apontou que o dólar vivenciou sua desvalorização mais impactante em uma janela trimestral desde o segundo trimestre de 2009.
Até a última quarta-feira (23) o dólar cedeu 12,72% em relação ao real na referência Ptax venda desde o começo do trimestre. Na época do último grande marco observado, há 13 anos, a desvalorização registrou 15,70%.
A queda do dólar durante o ano de 2022 é resultado do grande ritmo de investimento estrangeiro no Brasil, muito por conta das contínuas elevações da taxa Selic. O diferencial de juros sobre diferentes economias, e mesmo o cenário de conflito no leste europeu, faz do Brasil um destino chamativo para o dinheiro entre os países emergentes.
A elevação dos valores das commodities no mercado internacional também fortifica o real, uma vez que há uma grande entrada de dólares no país com a venda de produtos, como soja, minério de ferro e petróleo.
Das 25 economias apuradas pela Economatica, o dólar registrou queda no seu valor em dez países, e computou valorização em 15. A diminuição na pressão cambial por aqui, no entanto, exige cautela, visto que as eleições presidenciais deste ano tendem entrar no radar dos investidores nos próximos meses.
Na última quarta-feira (23), o dólar encerrou em retração pelo sexto dia de negócios consecutivo e registrou seu valor mais baixo em dois anos. A moeda estadunidense encolheu 1,43%, cotada a R$ 4,8438. A cotação corresponde ao patamar mais baixo de encerramento desde 13 de março de 2020 (R$ 4,8127).
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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