Vendas no varejo crescem 1% e encerram primeiro trimestre positivamente

Foto: Freepik

O volume de vendas do comércio varejista no Brasil avançou 1,0% no mês de março, frente a fevereiro, registrando o terceiro mês seguido de aumento. O mês de março apresentou também uma elevação de 4,0% ante o mesmo mês do último ano. Assim, o setor encerra o primeiro trimestre com aceleração de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2021, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao comércio varejista ampliado, que engloba, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o ritmo de vendas registrou um leve crescimento de 0,7% em comparação com fevereiro. Com a alta de 2,2% no setor de veículos, motos, partes e peças. Já os materiais de construção recuaram 0,1%.

“A trajetória vinha sendo claudicante, irregular. Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, disse o gerente da pesquisa Cristiano Santos. Em março, o setor foi 2,6% superior ao patamar pré-pandemia, de fevereiro de dois anos atrás. O varejo ampliado apresentou 1,7% acima na mesma comparação. Entretanto, Cristiano relembra que a retomada ainda não é difundida entre as atividades, já que seis setores estão inferiores ao patamar pré-pandemia, e quatro, a frente, levando em consideração o comércio varejista ampliado.

Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades demonstraram avanço. O destaque vai para o desempenho de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com elevações de 13,9% e 3,4%, respectivamente. Neste último, relata Cristiano, houve boa contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”.

Sobre o setor de material de escritório e informática, o movimento é de reposicionamento após uma sequência de retrações. “Captou-se grandes promoções, já que o dólar não valorizou ante o real no período, pelo contrário. Com isso, artigos dessa natureza costumam ficar mais acessíveis”, disse Cristiano.

Outros setores que registraram maior volume de vendas em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%). No sentido contrário, duas atividades encolheram o ritmo de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

De fevereiro para março 19 unidades da federação (UF) apresentaram elevação, com ênfase para Goiás (3%), Roraima (2,8%) e Pernambuco (2,5%). Na área das regressões, foram sete UFs, com o Amazonas (-3,2%) marcando a maior redução, seguida por Distrito Federal (-1,5%) e Bahia (-1,2%). O Pará registrou estabilidade (0,0%).

Quando a comparação é frente ao mês de março de 2021, 24 UFs demonstraram alta. As mais elevadas foram do Ceará (20,4%), do Distrito Federal (19,6%) e do Amapá (17,9%). Os três estados com as principais retrações foram Amazonas (-6,8%), Sergipe (-4,4%) e Rio de Janeiro (-3,5%).

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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