Varejo cresce novamente com aumento de 0,8% nas vendas em janeiro

Foto: @tirachardz/Freepik

No Brasil, o ritmo de vendas do comércio varejista aumentou 0,8% em janeiro, frente ao mês anterior. Mesmo acelerando, cinco das oito atividades apresentaram resultado negativo no período segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação aos últimos doze meses, o varejo acumula elevação de 1,3%. O setor ainda está 0,8% inferior ao patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), e 6,5% menor do que o ápice da série (outubro de 2020).

“Desde julho de 2021 (3,6%) o varejo não tem crescimento, pois a taxa de 0,4% de novembro de 2021 está no campo da estabilidade. Já para os meses de janeiro, é o maior desde 2019, quando foi de 1,6%”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Apesar de cinco das oito atividades apuradas registrarem taxas negativas no período apurado, o varejo acelerou, influenciado pelas atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%). “A atividade de hiper e supermercados, que tem um peso muito grande, ficou no campo da estabilidade (-0.1%), o que fez com que outras atividades tivessem mais influência no índice”, informou Santos. No caso do varejo ampliado, a regressão de 0,3% é comentada, principalmente, pela atividade de veículos e motos, partes e peças, que recuou 1,9%.

Sobre a comparação interanual, o varejo retraiu 1,9%, também considerando os resultados ruins em cinco das oito atividades pesquisadas. No campo negativo, as principais contribuições para o resultado de janeiro de 2022 vieram de móveis e eletrodomésticos, que deu um salto para trás de 11,4% em comparação com janeiro de 2021, sendo a oitava queda seguida nesta comparação. Os outros artigos de uso pessoal e doméstico, setor que contem lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos e brinquedos registraram perda de 6% frente a janeiro do ano passado, maior retração desde outubro de 2021 (-7,2%) e sexta consecutiva. Já no setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foi observado crescimento de 10,1%, na comparação com mesmo mês do último ano, terceiro seguido e o maior dos últimos três meses.

No varejo ampliado, a regressão foi de 1,5%, influenciada pela atividade de material de construção, que apresentou queda de 7,8%, sétima queda consecutiva.

(Redação: Victor Boscato e Fernanda Zambianco)

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