Foto: Jan-Rune Smenes Reite/Pexels
As tensões na Europa vêm afetando diretamente o universo econômico e colaborando para um mercado apertado quando o assunto é petróleo, pois os países produtores podem travar a oferta pela commodity. Diante de toda essa situação, pelo segundo dia seguido o valor está em torno dos US$90/barril. Ontem, chegou a US$ 89 pela primeira vez em sete anos.
Em um pronunciamento o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que consideraria sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin caso realmente aconteça a invasão russa no território ucraniano. Na última segunda-feira (24), o movimento Houthi do Iêmen lançou um ataque com mísseis contra uma base dos Emirados Árabes Unidos.
“A ansiedade sobre possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio e na Rússia está fornecendo alimento de alta para o mercado de petróleo”, informou Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.
Nesta manhã, o petróleo Brent crescia 1,01 dólar, ou 1,13%, a 90,71 dólares por barril, às 11:30 (horário de Brasília). Já o petróleo dos Estados Unidos avançava 0,68 dólar, ou 0,78%, a 88,07 dólares por barril.
Os Estados Unidos estão mais de 1 milhão de barris inferior ao seu nível recorde de produção diária, e a Opep+ está apresentando dificuldades para efetuar suas metas por mês de produção (400 mil), enquanto procura restaurar a oferta aos mercados após cortes impactantes em 2020.
No mês que vem, 2 de fevereiro ocorrerá uma reunião entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), para ver a possibilidade de outra elevação de produção.
Na última semana, os estoques nos Estados Unidos aumentaram, com a expansão de estoques de petróleo bruto de 2,4 milhões de barris, ante as estimativas de uma ligeira regressão. Os estoques de gasolina registraram seus níveis mais elevados em aproximadamente um ano.
Recentemente, o banco Goldman Sachs anunciou que espera que os preços do petróleo atingirão US$ 100 o barril ainda neste ano, e que continuarão subindo em 2023, sinalizando que valores mais altos nos pontos de gasolina estão a caminho.
Contato: [email protected]
