Serviços recuam 1,2% em outubro, aponta o IBGE

Foto: Freepik

Na passagem de setembro para outubro, o volume de serviços no país encolheu 1,2%. A tendência de queda no indicador se evidencia, sendo esse o segundo dado negativo consecutivo e acumulando retração de 1,9%. A informação é da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Mesmo com o resultado ruim apresentado pelo indicador, o setor ainda está acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Frente a outubro de 2020, houve progressão de 7,5%. No acumulado do ano, os serviços subiram 11%. Já em 12 meses, o setor acumula crescimento de 8,2% em volume.

Para o economista-chefe do Denarius, Samuel Durso, o bom resultado do setor no ano ainda é um reflexo direto dos efeitos da Covid-19. “Com as medidas de distanciamento social necessários para o enfrentamento da pandemia, o setor de serviços foi o mais impactado. Com isso, criou-se uma demanda reprimida que ainda não foi totalmente normalizada”, pondera Durso.

Quanto à receita nominal, em comparação com setembro deste ano, o mês de outubro teve queda de 0,2%. Por outro lado, registrou aumento de 13,2% em comparação ao mesmo mês de 2020, de 13,8% no acumulado do ano e de 10,5% no acumulado de 12 meses.

A taxa negativa no volume apresentou-se fortemente no período analisado pois quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas verificaram queda, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%) e outros serviços (-6,7%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%) e de transportes (-0,3%) também recuaram. Somente uma atividade demonstrou avanço em outubro, a de serviços prestados às famílias, com evolução de 2,7%, seu sétimo crescimento seguido. Em sete meses, o segmento acumula alta de 57,3%.

“É importante destacar, ainda, que no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2021, recentemente divulgado pelo IBGE, o setor de serviços teve papel fundamental para minimizar a queda observada. Assim, o resultado de outubro gera preocupação, na medida em que sinaliza para um possível desaquecimento do atual setor mais relevante para o crescimento da nossa economia”, finaliza Durso.

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