Região Metropolitana de SP tem maior elevação no custo de vida desde 2015

Foto: Kaique Rocha/Pexels

Os moradores da região Metropolitana de São Paulo encararam em 2021 o maior aumento do custo de vida em um ano desde 2015. É o que indica a pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Ao encerramento do ano passado, a alta acumulada foi de 10,02%. Em 2015, o valor era de 11,56%.

As famílias com menor poder aquisitivo, no período analisado, sofreram com um aumento ainda mais expressivo. Para a classe A, a elevação foi de 9,09%. Já a classe E sentiu no bolso um crescimento de 11,38%,

Entre os principais motivos para a disparada no custo de vida temos a escalada no preço do barril de petróleo no mercado internacional, que está diretamente ligado aos combustíveis e seus derivados, fazendo com que o grupo de transportes registrasse uma alta bastante significativa em 2021, de 20,61%. O etanol encareceu 63,70%; a gasolina, 42,80%; e o óleo diesel, 41,43%. Outros itens que também influenciaram a variação do grupo foram pneus (31,31%) e automóveis novos (15,77%) e usados (16,01%).

O petróleo impacta, além dos transportes, outras áreas analisadas pela pesquisa. No setor de serviços, passagem aérea, com alta de 20,21%. Também foi influenciada a variação dos preços em habitação, com aumentos de 38,05%, no preço médio do gás de botijão, e de 23,26%, do encanado.

Os valores da habitação subiram 12,67%, se tornando o segundo grupo com maior variação, devido a um outro destaque no período foi a energia elétrica residencial. Esta registrou um acréscimo anual de 25,82%, causada pela estiagem que atingiu o Brasil e acionou a necessidade do uso das termelétricas, que possuem custos mais altos e sempre acabam repassados ao consumidor.

Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no CVCS, teve uma elevação anual de 7,26%, puxado tanto pelo uso da energia e dos transportes na cadeia produtiva, quanto pelo aumento do custo no campo – desde o valor dos animais (carnes), até a alta na ração e nos fertilizantes.

A variação mensal do último mês de dezembro, por sua vez, foi um aumento de 0,78%, taxa menor do que a dos meses anteriores, quando apontou 1,41% (em outubro) e 1,01% (em novembro). Apesar da inflação mais lenta, o patamar segue alto, tendo como destaques no período alimentos e as bebidas, com aumento de 1,17% e 0,26 ponto porcentual (p.p) de impacto no resultado geral; e o grupo dos transportes, com aumento de 0,86%, puxado pelas passagens aéreas (9,7%).

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