Quais são as melhores e as piores cidades do Brasil em relação ao saneamento básico?

Foto: aleksandarlittlewolf/Freepik

O acesso à água tratada no Brasil ainda não é uma realidade para mais de 35 milhões de brasileiros. Além disso, 100 milhões não têm coleta de esgoto. E ainda assim, apenas 50% do esgoto é tratado no território brasileiro, o que corresponde a mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são jogadas na natureza todos os dias, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Nesse cenário, um estudo do Instituto Trata Brasil analisou os indicadores de saneamento básico dos 100 maiores municípios do Brasil, que abrigam cerca de 40% da população brasileira. A cobertura de água tratada subiu de 93,5% para 94,4% na passagem de 2019 para 2020. A quantidade de pessoas com disponibilidade a coleta de esgoto também subiu de 74,5% para 75,7%. Já o esgoto tratado caiu de 62,2% para 64,1%. Por outro lado, a escassez de água na distribuição avançou de 35,7% para 36,3%.

As dez cidades que mais se destacam positivamente no levantamento foram Santos (SP), Uberlândia (MG), São José dos Pinhais (PR), São Paulo (SP), Franca (SP), Limeira (SP), Piracicaba (SP) Cascavel (PR), São José do Rio Preto (SP) e Maringá (PR).

No sentido contrário, as dez cidades que se destacam como as piores são Macapá (AP), Santarém (PA), Rio Branco (AC), Belém (PA), Ananindeua (PA), São Gonçalo (RJ), Várzea Grande (MT), Gravataí (RS) e Maceió (AL).

A pesquisa ressalta que, historicamente, as cidades dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais estão entre as melhores posições do ranking. Do outro lado, entre os piores municípios, geralmente estão as cidades das regiões Norte e Nordeste e do estado do Rio de Janeiro.

Também foi apontado pelo estudo como o investimento em saneamento básico melhorou entre 2016 e 2020 nas capitais do país. Nesta época, foram investidos cerca de R$ 23 bilhões nestas cidades, sendo que São Paulo realizou quase metade desse movimento (R$ 11 bilhões). São Paulo é seguido por Brasília (R$ 1,5 bilhão) e pelo Rio de Janeiro (R$ 1 bilhão).

Levando em consideração o investimento médio anual por habitante, Cuiabá foi a capital que mais aplicou dinheiro, com R$ 213,33 por pessoa. A segunda capital que mais investiu dinheiro por habitante foi São Paulo, com R$ 180,97, seguida de Natal, com R$ 141,21.

Os números mais fracos foram registrados em João Pessoa, com R$ 26,36 por habitante, em Maceió, com R$ 21,61 por habitante, e em Macapá, com R$ 11,25 por habitante.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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