Por: Isabel Rocha

Com o rápido crescimento do mercado de capitais no Brasil, o setor financeiro passou a atrair ainda mais a atenção de profissionais em busca de sucesso – o que o tornou ainda mais competitivo.

Segundo o Guia Salarial 2021, detalhado em publicação da EXAME Invest, a pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda por pessoas com olhar crítico e analítico que são capazes de identificar oportunidades no mercado. O levantamento aponta ainda que os cargos relacionados à análise de riscos, fusões e aquisições e backoffice ganharam maior destaque com as mudanças provocadas pela crise sanitária.

“Nas últimas décadas temos presenciado maior aparelhamento e complexidade dos negócios e consequentemente do mercado financeiro, que é proativo em relação às suas propostas de produtos e serviços para o setor produtivo”, afirma o presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), Edgard Cornacchione. Segundo ele, essa alteração tem gerado um importante movimento junto aos profissionais do setor.

Com salários que podem chegar aos R$ 87 mil para cargos de liderança, as vagas no mercado financeiro estão cada vez mais concorridas. Segundo o professor Cornacchione, algumas dicas podem chamar a atenção dos recrutadores. Em entrevista à EXAME Invest, ele lista as seguintes habilidades:

1 – Abandonar rótulos 

Com as constantes mudanças no mercado financeiro, o setor está sempre à procura de profissionais atualizados que possam desempenhar funções em situações ainda não estabilizadas. “Para tanto, sugiro respeitar muito os fundamentos financeiros e o próprio ‘peso do mercado’, ao mesmo tempo em que possa desenvolver habilidades de sensoriamento e percepção de relações e analogias, especialmente com perspectiva global, envolvendo variáveis significativas”, pontuou o professor.

2- Potencializar a formação

Cursos e complementares podem potencializar a trajetória de profissionais que não tiveram sua primeira formação relacionada ao setor financeiro. Esse desenvolvimento pode garantir mais segurança no desempenho das atividades no mercado financeiro. “Cursos de curta duração complementares têm um papel específico de suprir lacunas mais just-in-time, e cursos de longa duração apresentam-se como reais oportunidades para ampliar a experiência significativa no setor”, afirma Cornacchione.

3 – Diversificar o networking

Segundo o professor, é importante ampliar as redes de contato entre setores, empresas e níveis de hierarquia – o que permite uma experiência profissional mais rica e vantajosa. A elaboração de um networking sólido, entretanto, independe da área de atuação. “Vale a pena articular com pessoas mais experientes, bem como com pares que tenham vivenciado trajetórias pessoais e profissionais diferentes e aproveitado as oportunidades de supervisão de talentos menos experientes”, completou.

Com o objetivo de facilitar o desenvolvimento destas habilidades, a FIPECAFI desenvolveu, em parceria com a EXAME, o Executive MBA em Valuation e Análise Financeira. Criada por professores do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, a FIPECAFI é uma entidade sem fins lucrativos e oferece, por meio do curso, uma capacitação para que os profissionais possam identificar tendências e analisar cenários econômicos a partir de estudos científicos.

“A parceria entre FIPECAFI e EXAME vem combinar os respeitados atributos de cada instituição, com foco nas demandas mais atuais do mercado financeiro. A grande vantagem é que os participantes têm acesso à combinação exclusiva de professores, profissionais e recursos, em primeira mão, reunindo o melhor da academia e do mercado”, destaca Cornacchione.

Com carga horária mínima de 420 horas, o curso tem o objetivo de potencializar experiências de engajamento técnico-profissional na área financeira e é voltado tanto para executivos com atuação direta no mercado financeiro quanto para profissionais interessados em ingressar no setor.

O curso é aplicado de forma online e modular, permitindo que os alunos possam escolher quais trilhas de aprendizado seguir a partir de seus temas de interesse e com a orientação do professor coordenador acadêmico.

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