Produção industrial recua 0,6% em agosto

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Em agosto deste ano, a produção industrial nacional encolheu 0,6% em comparação com julho, na série com ajuste sazonal, anulando a aceleração de 0,6% do mês passado. Frente a agosto de 2021, na série sem ajuste, a indústria avançou 2,8%, após contrair em junho (-0,4%) e julho (-0,4%). No ano, a indústria acumula retração de 1,3% e, em 12 meses, recuo de 2,7%, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5).

No encolhimento de 0,6% da indústria de julho para agosto, duas das quatro grandes categorias econômicas e oito dos 26 ramos apurados registraram arrefecimento na produção. Com esses dados, o setor industrial ainda se encontra 1,5% inferior ao patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,9% abaixo do nível recorde atingido em maio de 2011. 

Em relação as atividades, as influências negativas mais importantes foram observadas em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%), produtos alimentícios (-2,6%) e indústrias extrativas (-3,6%). Vale ressaltar também a queda de 4,6% do ramo de produtos têxteis. 

Entretanto, entre as dezoito atividades com crescimento na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%), máquinas e equipamentos (12,4%) e outros produtos químicos (9,4%) exerceram os principais influências em agosto deste ano. Outras colaborações positivas importantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,0%), de outros equipamentos de transporte (8,9%), de produtos diversos (7,4%) e de bebidas (1,7%). 

Entre as grandes categorias econômicas, ainda levando em consideração a comparação com julho, bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) e bens intermediários (-1,4%) tiveram taxas negativas, com ambas cancelando parte das altas do mês passado: 1,5% e 1,8%, respectivamente. Porém, houve elevações nos setores de bens de consumo duráveis (6,1%) e de bens de capital (5,2%), com o primeiro voltando subir após cair 6,7% em julho e o segundo interrompendo dois meses seguidos de regressão, período em que acumulou recuo de 5,2%. 

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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