Produção industrial cresce novamente em dezembro

Foto: copperpipe/Freepik

No último mês do ano passado a produção industrial brasileira subiu 2,9%, em comparação com o mês anterior. Trata-se da primeira taxa positiva desde maio, segundo divulgou nesta quarta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do crescimento registrado em dezembro, o setor segue 0,9% abaixo de fevereiro de 2020, e 17,7% inferior ao nível recorde, apresentado em maio a 11 anos atrás. Na comparação com o mesmo período de 2020, a indústria recuou 5%, a quinta taxa negativa nessa base de comparação.

Na análise mensal, de novembro para dezembro, 20 dos 26 ramos apurados registraram elevação na produção. Os principais foram a produção de veículos (12,2%) e produtos alimentícios (2,9%). Na outra ponta, entre as cinco atividades em retração, destaca-se a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,9%), que representou o principal influenciador negativo em dezembro de 2021.

No último trimestre do ano, o setor industrial apresentou estagnação (variação zero) em comparação aos três meses anteriores. Esta estabilidade, contudo, encerra uma sequência de três trimestres seguidos de retração. Já frente aos três últimos meses de 2020 houve regressão de 5,8%.

Além disso, mesmo com diversos empecilhos enfrentados ao longo do ano de 2021, o setor conseguiu encerrar o ano com uma progressão de 3,9%, após dois anos consecutivos de quedas. Analisando a produção industrial ao longo do período, verifica-se que o primeiro mês do ano passado ultrapassou em 3,5% o patamar pré-pandemia, mas o setor chegou a acumular uma sequência ruim ao longo do ano.

Sobre o acumulado do ano, a indústria apresentou números positivos em 3 das 4 grandes categorias econômicas e em 18 das 26 atividades apuradas pela análise, com ênfase para veículos automotores, reboques e carrocerias (20,3%), máquinas e equipamentos (24,1%) e metalurgia (15,4%).

Já nos destaques negativos, a área que mais impactou no total da indústria foi a dos produtos alimentícios (-7,8%), influenciada pelo nível mais fraco de fabricação dos itens açúcar cristal.

O maior crescimento entre as grandes categorias econômicas foi visto na produção de bens de capital (28,3%). Os segmentos de bens intermediários (3,3%) e de bens de consumo duráveis (1,9%) também registraram alta no ano, mas ambos com aumento menor do que a média. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) foi o único a retrair, puxado pelo enfraquecimento da produção vinda do setor de produtos alimentícios.

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