Produção industrial cresce 0,7% em fevereiro, mas ainda atua 2,6% abaixo do nível pré-pandemia

Foto: Freepik

A produção industrial brasileira subiu 0,7% no mês de fevereiro na comparação com janeiro. A indústria, no entanto, ainda registra operação 2,6% inferior ao patamar de fevereiro de 2020. O período pré-pandemia. O nível atual também é 18,9% menor do que o recorde alcançado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram externadas nesta sexta-feira (1), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a fevereiro do ano passado, a indústria registrou baixa de 4,3% – a sétima seguida nesta base de comparação.

No ano de 2022, a indústria já tem uma retração acumulada de 5,8%. Nos últimos doze meses, por outro lado, acumula crescimento de 2,8%, o que representa uma intensidade mais lenta do crescimento e da recuperação do setor.

Já na média móvel trimestral até fevereiro, a indústria teve alta de 0,4%, após crescer 0,2% no trimestre até janeiro e 0,7% no trimestre até dezembro do último ano.

A aceleração da indústria em fevereiro teve taxas positivas espalhadas em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 26 ramos apurados. Entre as atividades, os destaques positivos mais impactantes vieram das indústrias extrativas (5,3%) e de produtos alimentícios (2,4%).

“O setor extrativo teve uma queda importante em janeiro (-5,1%), por conta do maior volume de chuvas em Minas Gerais, naquele mês, o que prejudicou a extração do minério de ferro. Com a normalização das chuvas, houve uma regularização da produção. Já o setor alimentos teve seu quarto mês positivo de crescimento, acumulando no período ganho de 14,0%. Em fevereiro, os destaques foram a produção de açúcar e carnes e aves, dois grupamentos importantes dentro do setor de alimentos”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

O resultado de janeiro foi revisado pelo IBGE para uma baixa de 2,2%. A leitura inicial havia sido de retração de 2,4%.

No segundo mês deste ano, apenas sete das 26 atividades apuradas seguem operando em um nível maior do que o observado antes da crise sanitária. Os níveis mais aquecidos em relação aos de fevereiro de 2020 foram os observados pelas atividades de produtos de máquinas e equipamentos (12,0%), produtos de madeira (5,7%), minerais não metálicos (5,5%) e outros equipamentos de transportes (5,1%).

No sentido contrário, os segmentos mais aquém do patamar de pré-pandemia são móveis (-23,0%), couro, artigos de viagem e calçados (-21,1%), veículos automotores (-19,6%) e vestuário (-18,0%).

Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 6,9% maior do que o patamar de fevereiro de 2020, e a fabricação de bens intermediários está 1,3% superior ao nível pré-pandemia. Os bens duráveis estão 26,2% inferiores ao patamar pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 5,7% longe do patamar de fevereiro de 2020.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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