Produção de veículos encerra maio com elevação de 10,7% frente a abril

Foto: Freepik

No mês de maio, a produção de veículos apresentou alta de 10,7% frente a abril. No mês passado foram fabricadas 205,9 mil unidades de veículos leves e pesados, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado do ano, no entanto, o indicador ainda aponta retração de 9,5% em relação a 2021.

O número espelha um momento de melhora no fornecimento de semicondutores e a elevação nas vendas, explicada pelas aquisições feitas pelas locadoras e pelo fim da espera por uma nova diminuição do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que não contemplou o segmento de carros de passeio.

“Temos dificuldades, temos gargalos, mas, devagar, a situação está se tornando mesmo crítica”, ponderou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. “Hoje não se trata apenas de semicondutores, que sem dúvida têm um impacto muito grande, mas temos borrachas, cabos, alguns itens que estão sendo objeto de um planejamento maior das montadoras”, completou.

De acordo com a Anfavea, até maio, ocorreu uma perda de produção de 150 mil veículos devido à escassez de componentes. No total foram 16 paradas de fábrica nos primeiros cinco meses do ano, uma média de 20 dias por unidade fabril.

Foram vendidas 187,1 mil unidades no último mês, segundo a Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave). O dado corresponde a uma elevação de 27% frente a abril, porém há encolhimento de 17% no acumulado. A conta engloba carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.

Depois de variar dentro da faixa de 7.000 licenciamentos, a média de vendas foi de 8.503 unidades/dia. “Nosso maior desafio hoje é manter o mercado com uma demanda que se mantenha pelo menos igual à nossa capacidade de produção”, diz o presidente da Anfavea. Ele destaca ainda que a maior dificuldade do momento na área de vendas é o encarecimento do crédito.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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