Preços ao produtor recuam em dezembro pelo 5º mês consecutiva e encerram 2022 com elevação de 3,13%

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Os preços ao produtor no Brasil recuaram 1,29% em dezembro, registrando taxa negativa pelo quinto mês seguido e encerrando 2022 com alta acumulada de 3,13%. Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,52%, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado apresentando também foi muito inferior a elevação de 28,45% observada em 2021.

“Esse resultado consolida a trajetória deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre, que pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado internacional”, disse Felipe Câmara, gerente do IPP, destacando barril de petróleo, minério de ferro e insumos fertilizantes.

“A redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma redução de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos, com reflexo no preço final praticado nesses setores”, acrescentou Câmara.

Entre as 24 atividades apuradas, o IBGE sinalizou que 15 apresentaram queda de preços contra novembro, sendo as maiores oscilações de indústrias extrativas (-7,21%), refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%), madeira (-2,96%) e outros produtos químicos (-2,79%).

Em relação ao acumulado do ano passado as maiores oscilações foram registradas por papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).

Redação: Victor Boscato