Pnad: Desemprego recua a 9,1%, com recorde de trabalhadores informais

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A taxa de desocupação no trimestre de maio a julho foi de 9,1%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) externados hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual corresponde a 9,9 milhões de pessoas. Essa é a taxa de desocupação mais baixa desde o trimestre finalizado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.

O índice referente ao período de maio a julho de 2022 também apresenta queda em relação ao trimestre anterior, influenciado pelo aumento do número de pessoas com trabalho informal, que quebrou o recorde da série histórica e chegou a 13,1 milhões de pessoas.

No período, trabalhadores informais tiveram peso de 39,8% da força de trabalho no país. Estão dentro nesse grupo trabalhadores sem registro, empregadores por conta própria sem CNPJ, e também trabalhadores familiares auxiliares.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) cresceu: 1,6% ante o trimestre passado, atingindo 35,8 milhões. Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que reflete uma expansão de 1,3%.

O rendimento médio também registrou avanço real pela primeira vez em dois anos, atingindo R$ 2.693 no trimestre.

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, a última vez que ocorreu um aumento significativo foi no trimestre finalizado em julho do ano retrasado. O valor foi 2,9% maior do que no trimestre passado. Os dados apontam que a expansão foi puxada principalmente por um crescimento no rendimento de empregadores, militares e funcionários públicos estatutários. Não houve variação nos demais grupos.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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